O jornalista Jânio de Freitas publicou nessa terça-feira, 29 de setembro, um artigo na Folha de São Paulo, no qual ele acusa o PMDB por grande parte dos problemas pelos quais o Brasil vem enfrentado. Ele diz que, desde a redemocratização, o PMDB foi o responsável pelos graves problemas enfrentados principalmente pelos governos Sarney, Collor e Dilma. Ele cita uma série de exemplos, desde o governo Sarney, onde o partido do saudoso Ulisses Guimarães foi o responsável pelas crises econômicas: ou por tomar medidas que culminaram com o seu agravamento ou por impedir que medidas fossem tomadas para evitar o aprofundamento da mesma. E concordemos ou não com o colunista da Folha de São Paulo, uma coisa nós temos de reconhecer: O PMDB é pedra no sapato de qualquer governante. E não há como não admitir que ele é um dos principais responsáveis pelo agravamento da crise pela qual o país vem passando atualmente. Claro que isso não exime o governo Dilma de seus erros. Até foi esse governo quem não teve capacidade de prever essa crise e nem de tomar as medidas necessárias para evitar que chegasse aonde chegou. Mas por outro lado, o PMDB, que é governo, além de não cumprir com o seu papel de trabalhar com o governo para a solução da atual crise, procura, isso sim, jogar mais lenha na fogueira, agindo como oposição, cujo papel é sempre o de procurar pelo quanto pior melhor. E pela primeira vez, o presidente da Câmara dos Deputados, cujo partido é o mesmo do Vice Presidente da República, age o tempo todo de forma a sabotar o governo federal. A impressão que se tem é a de que o PMDB quer governar sozinho, usando a presidente Dilma, como um fantoche, como laranja, já é ela quem é a governante democraticamente eleita. Porque não há dúvida de que Dilma não governa e não passa de um instrumento na mão dos pmdebistas, assim como foi José Sarney. Aliás, nem mesmo o saudoso FHC escapou da chantagem do PMDB. Assim como Lula, FHC teve habilidade, uma habilidade que faltaram tanto a Sarney quanto a Dilma, de não deixar que o PMDB transformasse seus governos num desgoverno. Infelizmente a reforma ministerial que a presidenta Dilma está promovendo com o intuito de agradar o PMDB pode até dar uma maioria parlamentar de fato à petista, mas não restam dúvidas de que ela se tornará ainda mais refém de Eduardo Cunha, Michel Temer, Renan Calheiros e seus grupos políticos. Enquanto este partido -- na realidade dezenas de grupos políticos com interesses distintos e antagônicos sob uma mesma sigla partidária -- for o maior partido do Brasil seremos todos nós brasileiros reféns de políticos medíocres e estaremos fadados a pagar por desgovernos.
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