Usina de Letras
Usina de Letras
26 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63231 )
Cartas ( 21349)
Contos (13301)
Cordel (10360)
Crônicas (22579)
Discursos (3248)
Ensaios - (10681)
Erótico (13592)
Frases (51755)
Humor (20177)
Infantil (5602)
Infanto Juvenil (4947)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141310)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6355)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->Depois que o muro caiu -- 06/04/2002 - 19:50 (Athos Ronaldo Miralha da Cunha) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Para aonde o mundo caminha? Para aonde nós caminhamos? Certamente que é difícil responder e seria simplista afirmar, não sei, não sabemos. A maneira como vivemos e as relações entre os povos, hoje existentes, nos leva a algumas indagações: Como entender que um pontinho azul e minúsculo na via láctea existe a miséria, onde a fome campeia solta concomitantemente com a fartura e excedentes de grãos.

O capitalismo conseguiu produzir riqueza e ampliar largamente as opções de compra, o que o capitalismo não conseguiu foi dar poder de compra de maneira igualitária a todos e poucos são os que tem acesso as opções oferecidas. O socialismo, em contra partida, não obteve os mesmos índices, fracassando na produção de bens de consumo em massa, tornando-se incapaz de competir em preço e principalmente em qualidade, após sete décadas pagou um preço muito alto.

É meio temeroso ainda falar-se em socialismo visto que as experiências ditas socialistas não conseguiram satisfazer as necessidades básicas de seus povos e degringolaram, entrando em vertiginosa decadência. Com a queda do muro tivemos que dar a mão à palmatória, entretanto, para muitos intelectuais o socialismo ainda é uma solução viável se a humanidade almeja ter um convívio fraterno no futuro. Não o socialismo do leste europeu, embora em nome daquele ideal que lutaram e morreram tantos companheiros em todas estas décadas, nos mais diversos cantos deste mundo.

Antes de nos tornarmos frios e incompreensíveis ante a miséria, ao menino que pede um “troquinho” num final de tarde em uma esquina de nossa cidade, a velha senhora reumática, doente e calejada, que ao invés de ficar em casa gozando a companhia dos netos, vem para a rua vender rapadurinhas de amendoim ou raspadinhas da sorte. Antes que seja tarde demais temos que achar o nossa via de acesso ao mundo que seja mais humano com a humanidade.

Uma relação de igualdade entre os povos do mundo é possível ser construída, diga-se de passagem, não é uma tarefa das mais fáceis, pois temos ciência das diferenças étnicas, religiosas e políticas, mas se o bem estar dos povos estiver acima destas altercações, as crianças famintas da Somália, Etiópia, Zaire, África do Sul e porque não dizer do Brasil, ficarão eternamente agradecidas.

Depois que o muro de Berlim veio abaixo e por osmose todo o leste europeu, o que ficou foi uma sensação de vácuo ou de alguma coisa amorfa flutuando no ar. É o adeus dos nossos sonhos diante do avanço da economia de mercado e da globalização. A impressão que se tem é de que tudo aconteceu tão rápido e inesperadamente que nos pegou em uma praça dando milho aos pombos.

Um bom começo para revertemos esta situação é termos consciência de que somos cidadãos, sujeitos da história, influenciarmos no destino da nossa sociedade e construir o nosso mundo ideal, mais solidário, pois o mundo de paz e justiça não caiu com o muro e é possível edificarmos a nossa crível utopia, numa sociedade com trabalho e lazer para todos.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui