Parece que o governo Dilma vai sobreviver a tentativa da oposição e de parte da sociedade de tirá-la a qualquer custo do poder. A tentativa de impugnar sua candidatura não deu certo e já nem se cogita mais essa possibilidade. É caso encerrado. Da mesma mesma forma os protestos de rua que assolaram o país nos oito primeiros meses do ano começou a perder forças nos últimos meses e o movimento já não conta com o mesmo apoio. A Câmara dos Deputados, a qual vinha impondo sucessivas e humilhantes derrotas ao Governo Federal, resolveu dar uma trégua. Pelo jeito a última reforma ministerial promovida pela presidenta conseguiu, se não de todo pelo menos em parte, reagrupar a base aliada, permitindo a votação e aprovação de alguns dos importantes projetos para o reequilíbrio das contas públicas. O último ato a mostrar o enfraquecimento dos movimentos contrários ao governo foi a greve do caminhoneiros, que prometia parar o Brasil e só encerrar a greve após a queda de Dilma. Pois o movimento ficou muito aquém do esperado e já no segundo dia de paralisação muitos caminhoneiros haviam abandonado o protesto. A reação do governo foi importante para o fracasso do movimento. Gostemos ou não do governo Dilma, é preciso reconhecer que ele vem se recuperando da fragilidade demonstrada nos primeiros meses. É claro que o país está numa situação difícil e numa grave crise. E boa parte da culpa é desse governo. Quanto a isso não há a menor dúvida. No entanto, o fato de não haver uma única prova contra a presidenta no escândalo de corrupção na Petrobras passou a percepção de que Dilma não faz parte dessa quadrilha, o que pode ter lhe favorecido. Ainda mais que o Presidente da Câmara e seu desafeto está atolado até o pescoço nesse esquema. É preciso reconhecer que ela está muito aquém do que se espera de um presidente do Brasil, mas já que ela foi eleita e é a presidente de fato, então que cumpra o seu dever. Essa posição inclusive é a da maioria do empresariado, maioria essa que concorda que uma troca de comando no país agora só geraria mais instabilidade e aprofundaria a crise. Essa sensação de que o pior já passou também se reflete no mercado financeiro, onde a bolsa de valores vem tendo ganhos nas últimas semanas enquanto o dólar, depois de passar de R$ 4,00, estabilizou-se em torno de R$ 3,75. Ainda é cedo para dizer que Dilma terminará o seu mandato, mas, contrariando a previsão de muita gente que dizia que ela cairia em poucos meses, ela vai terminar o seu primeiro ano do segundo mandato. E levando em conta que um processo contra ela só seria aberto no próximo ano, após o recesso parlamentar, até lá ela pode dar a volta por cima, principalmente se houver uma melhora da economia. Mas como neste país tudo é imprevisível, então só nos resta aguardar.
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