A última pesquisa do Instituto Datafolha, publicada no último fim de sema, mostra duas coisas interessantes: a primeira refere-se a perda de intenção de votos do ex-presidente Lula, o qual vinha nos últimos anos mantendo uma popularidade inabalável, apesar do mar de lama no qual o PT está mergulhado desde o seu governo. Parece que o mito Lula está se desfazendo. E caso ele realmente decida se candidatar à presidência no próximo pleito, sua tarefa será muito mais árdua do que se imagina na tentativa de reocupar o cargo que ocupou por 8 anos. E embora ainda esteja em segundo lugar nas pesquisas de intenção de votos com 22%, há uma queda significativa desde a última pesquisa. Além desse fato, o mais relevante na pesquisa publicada pela Folha de São Paulo é a enorme popularidade de Marinal Silva (21% na última pesquisa), que vem crescendo ao longo do tempo e se mostra a herdeira natural do petismo. Aliás, entre os principais candidatos, a candidata da REDE foi a única a mostrar crescimento. O segundo fato a se destacar na pesquisa é a recuperação, mesmo que modesta, na popularidade da presidenta Dilma. A taxa daquele que acham o governo Dilma ruim ou péssimo sofreu uma forte queda, indo de 71% para 67%; dos que acham Regular sofreu uma ligeira alta, indo de 20% para 22%; e dos que acham seu governo bom ou ótimo subiu de 8% para 10%. Embora seja um aumento de apenas 2%, ainda sim isso mostra alguma recuperação, principalmente se levarmos em conta a queda de 4% entre os que a consideram ruim ou péssimo. Nem mesmo o fato do desemprego está em alta impediu a melhora na avaliação da petista. E o que explica isso? Talvez as pessoas começam a perceber que a presidenta possa não estar envolvida nos escândalos da Petrobras e que boa parte da culpa pelo prologamento da crise pela qual o Brasil vem passado é do Congresso e não da Dilma. O fato de os parlamentares se recusarem a aprovar as medidas necessárias para o reequilíbrio das contas públicas está dando a percepção de que o Congresso é o responsável pelo prolongamento da crise, já que põem os interesses particulares acima dos interesses do país. Ainda é cedo para afirmar, mas se o governo continuar com esses índices de recuperação nos próximos meses, um processo de impeachment pode se tornar inviável. Ainda mais com o documento apresentado pela OAB na última sexta-feira de novembro, dizendo que não existe base legal para um processo de impeachment baseado nas pedaladas fiscais de 2014, pois, constitucionalmente, Dilma não pode ser condenada por atos cometidos no governo encerrado em 31 de dezembro de 2014. A própria OAB, responsável pelo pedido que levou ao impeachment de Collor, disse que não apresentará e nem apoiará um pedido contra Dilma baseado em tais argumentos.
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