POEMA DOS DEDOS
Francisco Miguel de Moura*
Se o dedo do poeta dói
É pelo dedo de Deus,
Possuindo o homem.
Se o mundo escurece a dor,
Se o mundo padece o amor,
Por seus próprios golpes,
Onde o dedo de Deus?
Na dor aflita do homem,
Na mão do próprio Deus,
Por que doem seus dedos?
Os dedos do poeta doem incertezas.
___________________
*Francisco Miguel de Moura, brasileiro, piauiense de nascimento, acaba de escrever a história de sua segunda aldeia (14-03-2016). A primeiro foi Genipapeiro, município de Picos, PI.
|