 A decisão do Ministro do STF Marco Aurélio de obrigar o Presidente da Câmera Eduardo Cunha a prosseguir com o processo de impeachment do vice-presidente da República Michel Temer enfraquece o processo de impeachment da presidenta Dilma, uma vez que os argumentos apresentados no processo contra Michel Temer são os mesmos usados contra Dilma. Ou seja: as tais pedaladas fiscais, as quais o vice-presidente assinou quando ocupara a cadeira de presidente, durante a viagem de Dilma. O enfraquecimento se dá por dois motivos: o primeiro, é que se Dilma for cassada, Temer também deverá ter o mesmo destino, pois crimes iguais penas iguais. Nesse caso, o PMDB, cuja maioria decidiu pelo rompimento com o governo e por apoiar o impeachment, terá de reavaliar sua posição. E mesmo que o partido não volte atrás, terá de, pelo menos, recuar, procurando salvar o mandato da Dilma para salvar o do vice. E como Temer muito provavelmente será investigado pelo STF devido às denúncias da Lava a Jato, ele não vai querer perder o foro privilegiado. Assim, melhor ser vice-presidente do que não ser nada e ter de passar pelo crivo do Juiz Sérgio Moro, conhecido por ser implacável e aplicar penas duríssimas. O segundo motivo está relacionado ao próprio Eduardo Cunha. Na própria defesa da presidenta no Conselho de Ética, alegou-se que o processo só foi iniciado por vingança de Cunha. Esse argumento ganhou mais força agora, quando ele arquivou indevidamente um pedido igual contra o presidente do partido ao qual ele, Eduardo Cunha, é filiado. Ou seja: Ele usou dois pesos e duas medidas para o mesmo caso, mostrando total falta de imparcialidade. É claro que muita água ainda vai rolar por baixo da ponte até o julgamento do processo conta Dilma, mas ela ganhou bagagem para convencer parte dos peemedebistas a votar contra o impeachment, ainda mais que o desembarque do PMDB do governo está se mostrando uma decisão precipitada e desastrosa, a qual não foi compactuada por boa parte do partido. Dois seis minitrios do PMDB no governo, apenas um acompanhou o desembarque. Bom ou ruim para o país, Dilma está bem mais longe do impeachment do que no final de março. Se nada de relevante surgir nos próximos dias, muito provavelmente ela não será cassada dessa vez. E se o STF liberar o ex-presidente Lula para assumir uma pasta no governo, mais distante ficará o impeachment, tornando o futuro do país um ponto de interrogação.
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