A Terceira Idade.
Trabalho do curso de Musicoterapia.
Ana Zélia.
Acredito que não exista Terceira Idade, nem primeira, nem segunda.
A realidade é diferente e geralmente quem escreve ainda não passou por ela.
Ao nascermos nos tentam educar com a primeira palmada, o berro é grande,
sabemos que a criança está vida.
Depois nos ensinam a caminhar, engatinhamos e nos colocamos em pé,
nos educam com a alimentação em horários certos.
Proíbem-nos tudo, até um docinho, depois nos cobram.
Chega a idade de irmos à escola. Fardamento, horário pré-estabelecido.
Seguimos a vida como nos mandam.
O lema é “estudar, estudar e estudar para ser grande na vida” e nos levam a fazer diversos cursos, concursos, etc.
Passamos parte de nossas vidas estudando, tentando subir e lugar nenhum , tentando correr em pistas sem saída.
Para completar atingimos a idade da aposentadoria, nos aposentam para dar chance aos jovens
e o lema agora é ”Esquecer, esquecer e esquecer”.
Pra não morrermos criaram paliativos que nos fazem sair de casa, manter outras convivências.
A ordem é não morrer de tédio, sem ter nada o que fazer, todo aprendizado deve ser esquecido.
Pobres seres mortais. O “velho” de hoje não existe ainda nos calendários dos estudiosos da gerontologia.
Temos idosos fazendo estripulias, dançando, cantando, criando, andando, dando aulas de otimismo,
tentando não ser chato, buscando atenção como se estivessem perdidos no espaço.
Escrevi Caminhando rumo aos 200 anos, que me par4ece estar bem atualizado.
Manaus, 04 de abril de 2016.
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