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Artigos-->O diplomata e o poeta -- 08/01/2017 - 08:54 (LEANDRO TAVARES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Não se faz diplomacia sem retórica. A arte no domínio das palavras é requisito básico e, ao mesmo tempo, imprescindível para o representante de uma Nação no âmbito da comunidade internacional.



O diplomata, tal qual o poeta, exerce seu ofício por meio da ferramenta mais poderosa — que também pode se transformar em arma, a depender do contexto—, a saber: a palavra. Esta tem intrínseca em si o poder de transmitir ideias, pensamentos, argumentos e, quando empregada com maestria, pode decidir os rumos da humanidade, visto que é capaz de influenciar pensamentos e, por extensão, induzir comportamentos, seja na direção pretendida pelo emissor, seja no rumo oposto.



No calor do debate em que se senta o diplomata, também se assentam as palavras, as quais, quando bem escolhidas, levando-se em consideração o propósito pré-estabelecido, constituem-se em fator de sucesso nos trilhos de uma negociação.



O poeta, homem sensível a fatos, realidades e sentimentos, transmuta para o papel aquilo que vive em sua alma, projetando, assim, para o mundo, as suas  emoções mais genuínas; empregando os vocábulos com sabedoria e sagacidade, de forma a tocar o âmago daqueles que sua expressividade apreciam. Em meio às tensões e à insegurança que permeiam a alma humana, o poeta a penetra com suas rimas e versos, moldando o pensar e influenciando o agir de seu leitor.



Fundindo ofícios e compatibilizando seus atributos mais marcantes, diplomatas e poetas têm introjetados em suas essências as marcas da sagacidade. Ambos precisam empregar as palavras com engenhosidade e sensibilidade. Esta para sentir e absorver o que está suspenso na atmosfera daquele momento, e aquela para elaborar uma mensagem que seja ao mesmo tempo inteligível e sensata; ou, talvez, à luz da realidade, dissuasória e simultaneamente persuasiva.



Destarte, poesia e diplomacia, rima e retórica, não são nada mais que o produto da engenhosidade do poeta e da sagacidade do diplomata que, quando fundidas, transmutam-se em retórica persuasiva poderosa. Diplomacia e poesia depois da fusão: Vinicius de Moraes.



 



Por Leandro Tavares



Juiz de Fora, MG, 08 de janeiro de 2017


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