Dimensão continental que tenta simular um oceano no plano de terra firme, vive em eterno carnaval onde o capitalismo é o único bloco. Quem dele faz parte, canta a dor de não ter direito ou vez na vez seguinte de um sonhador que com sua dor, planeja à margem de um dia sentar ao lado da justiça e aplicar a igualdade. Meu lugar, é travesso e rebelde sem causa ousou de Portugal se libertar e assim conseguir sem ser em vão, uma nação, sem ação justa dos que nela vivem. Meu lugar anda surrupiado e bagunçado com uma economia para a minoria, uma justiça sem uma justa causa, uma segurança sem esperança, e um cidadão sem pão. No meu lugar, somos todos pretos, pobres e índios que serviram e acolheram aos que por aqui se aventuraram propondo uma nova história com perdas de direitos desde então e ganhos nenhum. No meu lugar, a corrupção grassa, a inversão de valores impera e o senso crítico perdeu o bom senso. No meu lugar, existe uma nação em que a minoria manipula e vive bem, enquanto a maioria caminha feito gado no pasto a caminho do abate. Essa maioria não tem acesso a nada a que a cidadania garante, mas essa mesma maioria elege o que nela manda. Um dia, quem sabe no meu lugar, hão de estar todos acordados e dispostos a dar um basta à tudo isso e de novo ser uma nação que terá orgulho da ordem e do progresso que nela haverá.