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Artigos-->TERRA DESERTA -- 24/10/2018 - 10:43 (GERALDO EUSTÁQUIO RIBEIRO) |
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Tenho medo do futuro
confesso não saber o que fazer
preocupo-me com os mais jovens
tentando descobrir como irão sobreviver
AH! Como tenho saudades das enxurradas de águas limpas
que cantavam a intimidade da natureza
hoje, invadida pelo lixo, impedidas de correr
por não ter para onde ir, provocam dor, medo, e muita tristeza
Mananciais sendo agredidos, tantos prédios sendo construídos,
Onde a mata era virgem, e a água brotava embelezando a paisagem
Estamos poluindo nosso ar, assassinando a biodiversidade
Em nome da ganância e do capitalismo selvagem
AH! Como tenho saudade dos animais, todos!
Onde foram parar as borboletas?
Cadê as luzes dos vagalumes?
Onde se esconderam as abelhas?
O que foi feito das cobras, e até dos ratos que nos assustavam?
Onde se esconderam os sapos que coaxavam nos jardins?
Ao destruir a natureza, destruímos a própria vida
Quero apenas deixar um alerta para os jovens construtores do futuro
lutar é preciso, mas não se deixem manipular por políticos sem escrúpulos
por que se não houver uma postura de proteção do meio ambiente
com certeza, vocês serão herdeiros de uma terra deserta
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