Acho que não dá pra chegar a outra conclusão: ou a mulher
foi erguida a uma condição de ser que não mente, não inventa estória, não falha
e não possui defeitos ou ela se tornou um ser tão inimputável quanto um menor
de idade, um deficiente mental que tivesse sua capacidade de raciocínio
totalmente comprometida ou mesmo alguém embriagado involuntariamente e sem
qualquer consciência de seus atos. É
fato que a menor palavra dita por este ser supremo contra a pessoa de um homem
já faz dela uma vítima automaticamente, sendo que duvidar de sua denúncia passa
a ser um sacrilégio, no mínimo um crime ainda mais grave que o cometido pelo
denunciado que, mesmo sem ter feito absolutamente nada do que é relatado pela
suposta vítima, vai ser acusado mais pelos infelizes que corroborarão uma
estória que sequer testemunharam do que por ela mesma.
É claro que agressões domésticas ou em ambiente de trabalho
existem. Abusos? Sem dúvida. Mas não tem como não se perguntar se essa lei não vem
trazendo mais problemas do que soluções, pelo menos no que diz respeito à forma
como é posta em prática. Digo isso pelo fato de muitas mulheres não apenas
colocarem o sujeito na cadeia por uma agressão (que por sinal trata de ação
pública condicionada, mulher denunciou, já era, o Estado tem que prender o sujeito)
como também, cinco minutos depois, estarem praticamente implorando pra que o
delegado solte o infeliz agressor, coisa que não acontece pelo motivo citado em
parênteses, como até dorme na porta da cadeia pra visitar o desgraçado. Mais
perdão tácito que isso é impossível, até porque, na maioria dos casos, esta lei
é invocada por causa de mulheres que já tem perfil propicio a procurar caras
violentos e prontos pra transformá-las em saco de pancada, já que não
conseguiriam lidar com homens responsáveis e que tivessem algo de bom a
acrescentar ao relacionamento e cujas vidas seriam transformadas num inferno
quando elas não encontrassem nenhum defeito nesses mesmos homens e começassem a
notar seus próprios defeitos, coisa que não precisam fazer quando estão com
homens agressivos.
E que tal falar do outro lado da moeda? Alguém já ouviu
falar da mulher ter sido processada por denunciação caluniosa caso o sujeito
tivesse sido preso sem ter agredido ninguém? Particularmente, nunca ouvi. Seja
como for, a proteção excessiva, a meu ver, promete ter um efeito deveras
impactante nas próximas gerações. Afinal, quem vai querer se comprometer e
correr risco se envolvendo seriamente com mulher? Imagino que mercados como a
prostituição e de produtos sexuais vão acabar se tornando a grande pedida no
futuro e que as ações de fabricantes de preservativos vão estar em alta, da
mesma forma que os cartórios vão registrar menos nascimentos e matrimônios e, consequentemente,
menos divórcios.
Obviamente, não é minha intenção generalizar. Existe mulher
que chega com o homem, que vem pra acrescentar, dividir obrigações, que não faz
questão de ter privilégios pelo fato de ser mulher e não se aproveita de sua
condição, seja ela mais ou menos privilegiada. Eu mesmo, não sei como, sempre
tive sorte com as minhas e não tenho do que reclamar. Seja como for, acho
interessante pensar sobre o assunto, pois estamos numa época em que basta ser
homem pra ser um criminoso em potencial e basta ser idoso, criança ou mulher
pra ser visto sempre como a vítima. Então, mantenhamos o foco...