O que os homens têm em comum são, justamente, suas diferenças. São essas diferenças que marcam nossas caras facetadas pela personalidade que cultivamos e pouco abrimos mão em detrimento à qualquer coisa. Somos racionais, mas intransigentes; somos solidários, mas egoístas; somos normais inconseqüentes; somos maduros mas pouco eloqüentes. Somos o que somos e cremos na virtude que isto denota. Não abrimos as portas; não dividimos o pão; não queremos conselhos porque estamos sempre cheios de razão. Somos moralistas, mas evitamos a confissão. O errado mora ao lado, mas o azar só sobra prá gente... por quê?
Acostumamo-nos a relegar toda má sorte ao destino, "aquele ingrato que não vai com a nossa cara". Se o vizinho é rico e feliz, certamente é porque o destino facilitou a vida dele.
Já lhe ocorreu que o rico e feliz pode ter corrido muito atrás dessa posição, não desperdiçando oportunidades e lutando demasiadamente para conquistar o seu espaço ?. Pois é... Sinto em lhes informar, mas o destino nada tem haver com as desgraças, não aquelas que provêm do próprio homem. Nosso destino somos nós que o construímos; à duras penas, é claro. Mas nada nos é dado, apenas nos é oferecido, como uma pedra não lapidada. Ela está lá, só que você tem que ter olhos para enxergá-la e habilidade para lapidá-la.
Não diga que não teve oportunidade; muitas vezes quando ela bate à nossa porta, não ouvimos, porque estamos lá no quintal procurando um trevo de quatro folhas.
As oportunidades são por nós criadas. É preciso para tanto, determinação, coragem, inteligência e fé. A hora de mudar é agora. Mãos a obra! |