Criar milhões de novos empregos, baratear a mão de obra, melhorar a produção, retomar o desenvolvimento, acabar com o déficit público, humanizar o trabalho e devolver a dignidade ao trabalhador é mais fácil e simples do que pode alegar o governo com sua política niilista. E sem verbas orçamentárias ou investimentos !
Simples análise dos problemas diuturnos mostra que o regime de oito horas de trabalho, há meio século adotado, precisa ser revisto ou reformulado com urgência, para não nos levar a perigoso caos.
Tomando a capital de S. Paulo como exemplo, onde trabalham nesse regime perto de treze milhões de pessoas com coincidência de horários, temos um aglomerado humano deslocando-se ao mesmo tempo, exigindo milhares de unidades de transporte , com as conseqüências naturais do excesso de demanda. É congestionamento, irritação e depressão que tanto se refletirá no desempenho profissional como no relacionamento humano e social.
Porque não racionalizar essa demanda, dividindo-a em DOIS TURNOS DE SEIS HORAS corridas, com duas turmas distintas e aumento do expediente ? Seria maior volume de trabalho, milhões de novos empregos, redução do custo da mão de obra, melhoria da produtividade e qualidade, além da humanização devida ao trabalhador.
Urge que se tome uma decisão pioneira, consentânea com a era em que vivemos e onde a dignidade e o bem estar do homem prevaleça acima de qualquer coisa. Não estudar a possibilidade ou conveniência da adoção desse tipo de proposta poderá considerar-se lesa pátria ou misoneismo.
Para os adotantes do turno único bastaria aplicar-se as normas do Contrato Temporário de Trabalho – com menor incidência social e tributária, aplicando-se a diferença resultante da folha atual com a reduzida na contratação de novos trabalhadores, para formação das equipes. Outra opção seria estabelecer proporcionalidade salarial de 75% do pago pelas oito horas, para os novos contratos com o horário reduzido.
Ajustando-se a redução das incidências sociais às definidas no Contrato Temporário citado (36,6% a menos) e, se possível, um pouco mais (redução ou extinção do PIS, FAT, Confins e outros), para fixá-las em torno de 40% a 50% sobre as folhas salariais, o resultante dessa redução permitiria admitir empregados para formar as equipes de cada turno , abrindo-se mais de trinta milhões de novos empregos, com custo menor e mais horas de trabalho, superando a demanda atual dos desempregados, dos marginalizados, dos que entram no mercado e os da terceira idade - hoje alijados face a criminosa recessão vigente.
Se estaria dando chance a milhões de brasileiros (trabalhador e dependentes), hoje em estado de absoluta miséria. E isso a custo zero, sem acordos políticos, verbas orçamentárias, investimentos e alegações sobre tecnologia, globalizações, robotizações, terceirizações e tantas outras mazelas alegadas para justificar o injustificável.
Segundo dados de organismo internacional vamos iniciar o novo milênio com densidade demográfica acima de 6 bilhões de pessoas. Vinte porcento delas, ou menos, talvez, poderão desfrutar desse progresso sofisticado; os restantes continuarão com a produção rudimentar ou artesanal, como até hoje o fazem. E o Brasil se inclui nesse contingente.
Temos mão de obra também qualificada, expedita e criativa. Poderemos ter um custo igual ao do produto gerado pela tecnologia e capacidade para criar nossas próprias técnicas, bem como restabelecer o desenvolvimento e aumentar a produção sem perigo de explosão consumista, já que o atual salário mínimo não é combustível para explodir coisa alguma.
Serviria para devolver a dignidade ao ser humano, torná-lo auto-suficiente e capaz de promover o desenvolvimento que a nação clama e exige. Se isso não acontecer culpe-se o governo, a incapacidade de seus colaboradores e os planos insubsistentes, irreais e improdutivos como os até agora experimentados.
A solução proposta resolveria a quase totalidade dos problemas criados ou provocados pela política sócio - econômica em prática, sendo única e inédita para resolver o caos que corrói o poder e a independência de um povo, assim como restabelecer a assistência social, a segurança, a saúde, a educação, a nacionalidade e o bem estar que a capacidade produtiva desse mesmo povo assegura.
Trabalhar seis horas corridas, em turnos distintos, representaria 37,5% a mais de operacionalidade, restabeleceria a humanização do trabalho e o fortalecimento da economia, o aumento e a melhoria da produção, a redenção do trabalhador, a solução para o problema de transporte com menos custo, maior rapidez e desafogo, menor desgaste físico e mental, maior movimentação de riqueza e aumento da arrecadação.
Os dois turnos propostos seriam recomendados às áreas do comércio, indústria e serviços, cabendo aos setores público, bancário e liberal a opção por apenas um, entremeando-o entre os dois.
Com incidências sociais e trabalhistas bem menores, o custo da mão de obra seria mais reduzido, compensando ainda, com a diminuição da carga horária, o desgaste que o sistema atual causa ao indivíduo, à família, à sociedade e à economia.
O importante é que a adoção desses dois turnos independeria de alterações legais complexas, podendo ser concretizada através de medidas provisórias. A Constituição e a legislação vigentes permite o horário corrido, a incorporação do décimo terceiro (segundo entendemos) e a supressão ou redução de outras incidências, tornando-se viável. Seria o fim do desemprego e um exemplo ao mundo.
Somente n i i l i s t a s estarão contra a proposta. V o c ê é u m d e l e s ?