| MANDELA, O APÓSTOLO DA PAZ! Renato Ferraz   O bom coração bate como proeza divina, no corpo de homens de bem e de mente sã. O homem correto continua umbilicalmente ligado ao seu criador. Às vezes, mesmo, sem o saber. Não lhe importa o reconhecimento fútil, os aplausos fáceis e imediatos da dominadora e poderosa invenção do século: a mídia. Segue sua trajetória, caminha na sua trilha. Mandela é determinado. Defensor da liberdade dos homens. Como líder político da África do Sul é-nos exemplo de vida! É a razão da luta contra a tirania do seu povo. É como um cacto que desponta no solo árido da caatinga. Uma flor exótica, nascida em plena adversidade do deserto. Mandela é como um pássaro que nasceu para semear o pólen da paz. Seu canto é de alegria, como o é das aves em liberdade! No seu coração não há espaço para o ódio e o rancor. Sentimentos que podiam tê-lo ferido mortalmente, Durante os quase vinte e oito anos de cárcere. Mandela é uma estrela rara no firmamento humano. É astro-guia de terras distantes que nasceu para brilhar. Sua luz ofusca as trevas da opressão. É um marco divisor das forças da tempestade do regime de segregação racial. Mártir da história democrática e contemporânea da África do Sul. Sua vida é uma história de luta, sofrimento e glória, Contra o regime de opressão e racismo do seu povo. OTAN, UNESCO e outras deviam ser semeadas por homens de tal envergadura moral, social e diplomática. Assim o destino dos demais seria menos conflitante. Muitos nascem, poucos germinam como deveriam. A vida tem seus mistérios... Os desígnios de Deus são tortuosos e cheios de interrogações. Mas homens como Mandela nos ensinam a árdua lição De sofrer sorrindo, na esperança de um futuro melhor, mesmo que não seja imediato. A história da humanidade mostra que regimes de apartheid, totalitários e autoritários têm seu tempo e sua hora para acabarem, mas como uma onda, vão e voltam. Há sociólogos e sociólogos. Políticos e políticos. Mandela vive a sociologia, sem precisar ser cátedra, enquanto outros opostamente o são sem vivê-la. Mandela não precisa de subterfúgios nem reeleição para provar a que veio, Fez-se poder e dele sai sem ser contaminado. Seu silêncio fala mais que a retórica demagoga de outros líderes eloquentes, demagogos, disfarçados de estadistas por meios escusos. Ó Deus, no próximo milênio, dê-nos muitos Mandelas! Que um nasça no Brasil e aqui não sofra mutação política. NÉLSON MANDELA É AMOR!   |