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Artigos-->A febiana Bete, Mentes? -- 24/05/2002 - 09:58 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Fernão Mendes Pinto, viajante e escritor português da época das navegações, contava histórias tão incríveis que tinha seu nome glosado para Fernão Mentes Pinto.



No Brasil temos esforçados aprendizes da mentira, especialmente entre a canhota, que foram fazer curso em Cuba para tentar implantar o comunismo no Brasil, ao mesmo tempo em que dizem que queriam a volta da democracia durante os governos militares... Dentre os pinóquios caboclos, distingue-se a Sra. Elizabeth Mendes de Oliveira, vulgo Bete Mendes das novelas da TV Globo.



Quem é, afinal, Bete Mendes, ou melhor, Bete Mentes?



Na sopinha de letras em que se transformaram os grupos terroristas das décadas de 60 e 70, Bete Mentes era uma araponga da Vanguarda Popular Revolucionária - Palmares (VPR-Palmares), que foi a fusão da VPR com o Comando de Libertação Nacional (Colina), em 1969. Na VPR, Bete Mentes tinha o codinome de “Rosa”, talvez uma referência a Rosa Luxemburgo, em quem provavelmente se espelhava. Antes de abordar as mentiras de Bete Mentes, convém fazer um retrospecto das atividades da VPR.



A Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) originou-se da fusão de remanescentes do Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR) com dissidentes paulistas da Organização Revolucionária Marxista Política Operária (POLOP). Teve como líder maior o ex-capitão do Exército, Carlos Lamarca, que desertou do 4º RI, em Quitaúna, Osasco, SP, em 1969, roubando 63 FAL, 5 metralhadoras INA, revólveres e muita munição da Companhia onde comandava. O plano era levar mais 500 FAL do depósito de armamento do Batalhão, o que não ocorreu porque Lamarca teve que antecipar seu plano para não ser preso.



No dia 22 Jul 1968, a VPR já havia roubado 9 FAL do Hospital Militar do Cambuci, em São Paulo. Em 26 Jun de 1968, a VPR explodiu um posto de sentinela do QG do então II Exército, em São Paulo, matando o sentinela, soldado Mário Kozel Filho. Em 12 Out 1968, a VPR assassinou o capitão do Exército dos EUA, Charles Chandler, projetando-se perante as organizações terroristas nacionais e internacionais. Em 1970, a organização terrorista seqüestrou diplomatas estrangeiros: o Cônsul-Geral do Japão em São Paulo, Nobuo Okuchi, no dia 11 Mar 1970, para libertação do terrorista “Mário Japa”; o Embaixador da República Federal da Alemanha no Brasil, Ehrenfried Anton Theodor Ludwig von Holleben, no dia 11 Jun 1970; o Embaixador suíço no Brasil, Giovanni Enrico Bucher, em 07 Dez 1970, libertado em troca de 70 presos terroristas enviados ao Chile do Presidente marxista Salvador Allende (24 desses terroristas eram da VPR), onde foram recebidos de braços abertos no dia 13 Jan 1971. Nesse seqüestro, participaram Carlos Lamarca e Alfredo Sirkis; Lamarca desfechou 2 tiros à queima-roupa contra o agente Hélio Carvalho de Araújo, que veio a falecer no dia 10 Dez 1970. O seqüestro durou 40 dias e seria o último realizado por organizações terroristas no País.



Uma das ações mais covardes desta organização foi o assassinato a golpes de fuzil do tenente da PM/SP, Alberto Mendes Júnior, em Registro, SP, depois que o mesmo se entregou como refém a um grupo de terroristas, em troca da vida dos soldados de seu pelotão (10 Mai 1970). No mês de setembro, descoberto o crime, a VPR emitiu um comunicado "ao povo brasileiro", onde tenta justificar o frio assassinato, no qual aparece o seguinte trecho: "A sentença de morte de um tribunal revolucionário deve ser cumprida por fuzilamento. No entanto, nos encontrávamos próximos ao inimigo, dentro de um cerco que pôde ser executado em virtude da existência de muitas estradas na região. O tenente Mendes foi condenado e morreu a coronhadas de fuzil, e assim o foi, sendo depois enterrado".



No início de 1971, a VPR tinha mais militantes no exterior (Cuba, Chile e Argélia – banidos e foragidos) do que no Brasil. Carlos Lamarca morreu em Brotas de Macaúbas, interior da Bahia, em 17 de setembro de 1971, ao resistir à prisão. Como recompensa por estes e muitos outros atos criminosos, a família de Lamarca, embora já recebesse pensão do Exército Brasileiro, foi “presenteada” com uma indenização de mais de 100 mil dólares, doada pela famigerada “comissão dos desaparecidos políticos”, no dia 11 Set 1996. Depois dessa ignomínia, o 11 de setembro deveria ser instituído no Brasil como o “Dia da Traição”, como já sugeriu o Deputado Jair Bolsonaro.



Um dos principais terroristas da VPR foi Diógenes de Oliveira, hoje “Diógenes do PT”, o “PC” da campanha de Olívio Dutra (PT/RS) para Governador. Outro “militante” da VPR foi Henri Phillipe Reichstul, Presidente da Petrobrás durante o Governo FHC (sua irmã francesa, Pauline, também “militante” da VPR, morreu em um tiroteio no Recife, em janeiro de 1973, depois de fazer um curso de guerrilha em Cuba e tentar a reestruturação da VPR no Brasil). Militante da VPR e da VAR-Palmares foi também o Secretário do Trabalho do Rio de Janeiro, Jaime Cardoso, (Governo Garotinho), que teve como Chefe de Gabinete Rafton Nascimento Leão, antigo “militante” da VAR-Palmares. A fusão da VPR com o Colina resultou na VAR-Palmares, como já foi dito acima.



E é nessa VPR-Palmares que “Rosa” foi parar. Quais as atividades criminosas que Bete Mentes cometeu naquela organização? Ela nunca enumerou nenhuma. Não teve a coragem, p. ex., do terrorista Carlos Eugênio Sarmento da Paz, da Aliança Libertadora Nacional (ALN, que confessou ter praticado em torno de 10 assassinatos. Porém, sabemos que “Rosa” desfiou um “rosário” de mentiras para atingir a honra do coronel do Exército, Carlos Alberto Brilhante Ustra, então adido militar no Uruguai.



No dia 17 de agosto de 1985, os jornais de todo o País publicavam as acusações da deputada federal Elizabeth Mendes de Oliveira. Dizia a “atriz” global que havia se encontrado em Montevidéu com o homem que, 15 anos antes, a havia torturado. Como o coronel Ustra havia sido integrante da Operação Bandeirantes (OBAN), organização que havia acabado com o terrorismo em São Paulo, a esquerda revanchista não deixou passar a oportunidade de ouro: na comitiva da visita do Presidente Sarney ao Uruguai, Bete Mentes foi estrategicamente incluída no grupo para caluniar Ustra.



Imediatamente, parlamentares, movimentos de “direitos humanos”, associações, exigiram a volta imediata do coronel Ustra ao Brasil, ao mesmo tempo em que antigos terroristas assassinos voltavam a nosso País como heróis.



Mesmo sem apresentar provas contra Ustra, Bete Mentes conseguiu seu intento, que foi o afastamento do militar da missão no exterior.



Toda a verdade a respeito do ocorrido, e da história da OBAN, pode ser visto no livro “Rompendo o Silêncio”, de autoria do próprio coronel Ustra. Um excerto do assunto pode ser acessado no site Terrorismo Nunca Mais (Ternuma), www.ternuma.com.br. O coronel Ustra, inúmeras vezes, solicitou uma acareação com a terrorista. Obviamente, nunca foi atendido.



Atualmente, além de “guerrear” em algumas novelas e seriados da TV Globo, como “Aquarela do Brasil”, Bete Mentes foi nomeada presidente da FUNARJ pelo Governador Garotinho. Jane Vieira de Souza, antiga “militante” da ALN, que participou do seqüestro de um avião, é hoje diretora do Arquivo Público do Rio de Janeiro. Como se vê, a alegre caravana dos terroristas está tranqüilamente “em casa”.



O que eu não sabia é que Bete Mentes também é uma febiana. Se não combateu com a FEB na Itália, ao menos tem um grande apreço por nossos pracinhas. Sabe por quê? Por todas as suas atividades desenvolvidas esses anos todos na PAR-Palmares, criando mentiras para atingir a honra de um militar íntegro, ela foi convidada pelo Centro de Comunicação do Exército (C Com S Ex) para ser a apresentadora de um documentário, "Apresentação especial de documentário sobre a FEB", que pode ser acessado no site do Exército, www.exercito.gov.br.



Por mais esta, fica a palavra com o general Chefe do C Com S Ex, para explicar a ignomínia, pois, das duas, uma:



- ou os militares do C Com S Ex são tão novos (ou tão ignorantes) que nunca ouviram falar da terrorista e pinóquio de saias;

- ou a canalhice também tomou conta do nosso glorioso Exército Brasileiro.









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