| A FALA DO CORAÇÃO 
 
 (no final observe o porquê destas) 
 
   
 
 Heim! Você aí! 
 
 Que tem o consentimento, 
 
 De portar eu, órgão do sentimento, 
 
 O que acha que estou fazendo aqui? 
 
   
 
 Sabe você, qual é a minha localização? 
 
 Ou, como é o meu funcionamento? 
 
 Ainda, o meu abastecimento? 
 
 Ou, que meu nome é coração? 
 
   
 
 Proponho um diálogo conhecedor, 
 
 Uma profunda e útil conversa, 
 
 Dum assunto qual sempre o Homem versa, 
 
 Cujo central tema é o Amor! 
 
   
 
 Creio ser melhor somente monologar, 
 
 Pois preciso é detalhada explicação, 
 
 Para  em seguida eu me aprofundar, 
 
 Nestas linhas com razão e emoção. 
 
   
 
 Pois é ! A vez se faz presente, 
 
 Que beleza o órgão central, 
 
 A  bomba do veículo espiritual, 
 
 Como parte, se fazer gente! 
 
   
 
 Então, que a letra possa refletir, 
 
 Quão importante meu funcionamento, 
 
 Para que o portador tenha o Merecimento, 
 
 De no seguinte instante o corpo existir! (18 Jul 2004 – 01.40h) 
 
   
 
 Extenso, mas importante, seria relatar, 
 
 Todas as atribuições à mim direcionada, 
 
 Como se eu jamais fosse parar, 
 
 Nesta maravilhosa vida Abençoada! 
 
   
 
 Mas é momento de no assunto entrar, 
 
 Pois não desejo do leitor o tempo gastar, 
 
 Mesmo que seja assunto de interesse  geral,  
 
 Unindo o funcionamento do todo corporal. 
 
   
 
 Estudos vários são praticados, 
 
 Vezes mais chegam  aprimorados, 
 
 Trazem soluções para a melhoria, 
 
 Sempre buscando a saúde à cada dia. 
 
   
 
 Do berço ao túmulo o ser se orienta, 
 
 Caminha e capta novos conhecimentos, 
 
 Vivencia sorrisos e aborrecimentos, 
 
 Acumula necessidades, se lamenta! 
 
   
 
 O Bem que o Criador Lhe emprestou, 
 
 É o abrigo do espírito para aqui evoluir, 
 
 Dentro e fora, tudo Ele  doou! 
 
 Cabe à cada um, usufruir!  
 
   
 
 Eu, coração, sou do veículo o motor, 
 
 Distribuo e tempero a alimentação, 
 
 Bombeio para chegar à cada órgão, 
 
 A energia que faz produzir o amor. (18 Jul 2004 – 02.25 h)  
 
   
 
 Qual o mecanismo para que eu viva saudável? 
 
 Pouco trabalhoso,  nada impossível! 
 
 Vamos, juntos, atentos, praticar o possível: 
 
 É algo inesquecível, sim! é louvável ! 
 
   
 
 Plasme-me como um enorme canteiro, 
 
 Alí,  inicie desde a plantação eterna, 
 
 Sementes de Paz, Amor, fraterna, 
 
 Todas que procedem do Grande Jardineiro! 
 
   
 
 Em todos os tempos adube-as com caridade; 
 
 Sou unido ao seu ser inteligente, 
 
 Inda que me tomam como importante, 
 
 Não meço espaço da sua longevidade! 
 
   
 
 Pois o já, que é o instante da digestão, 
 
 Colhemos no exato ato da semeadura, 
 
 E mesmo que a ação tenha razão, 
 
 Nem sempre a colheita se faz pura. 
 
   
 
 Digo, na qualidade de órgão central, 
 
 Que todos os momentos são úteis, 
 
 Basta que atente para o espiritual, 
 
 Separe na recepção, verídicos répteis. (29 Jul 2004 – 21.50h) 
 
   
 
 Há dois mil anos, Ele divulgava: 
 
 “Separar o joio do trigo” 
 
 A dica, o Grande Mestre, já dava, 
 
 Dá pra não praticar o que disse, o Amigo?     
 
   
 
 Ofenda a Lei do Equilíbrio, do Criador! 
 
 Vez chegará de repor para equilibrar, 
 
 No perto ou longe futuro, isto é Amar! 
 
 Não há vitória sem do amor dispor. 
 
   
 
 Tem, o ser, que por meu intermédio, 
 
 Seja, por mediação do sentimento, 
 
 Enlaçado com a razão do momento, 
 
 Fabricar equilíbrio, paz, é o remédio! 
 
   
 
 A posse, o poder, a bruta força, o tesouro; 
 
 Todos almejam, muitos as alcançam, 
 
 Tristes, a elas se apegam, se juntam; 
 
 Quão mal, logo a ferrugem no lugar do ouro! 
 
   
 
 Lança-se o fel na corrente que me abastece, 
 
 Vicioso intinerário vezes a repetir, 
 
 Até que emperra o líquido à  fluir, 
 
 Irrigação cessa, o veículo fenece! (05 Ago 2004 – 21.50 h) 
 
   
 
 Mas é feriado, domingo, e eu não paro, 
 
 Não há descanso, só trabalho, 
 
 Sem fim , dinâmico, isto em todo atalho, 
 
 Comigo, só o pensar se equipara. 
 
   
 
 Que belo meu movimento no peito, 
 
 Que máquina! exemplar,  só bombear, 
 
 Meu vai e vem, grande ou pequeno, até o leito, 
 
 Só eu não durmo, mantenho o pulsar! 
 
   
 
 Até parece que constituo-me  com outros corações ! 
 
 É a nascente dos empurrões, 
 
 Isto que precisamos nos senões vitais, 
 
 Como  minúscula célula,  dos sais ! 
 
   
 
 Aí vão sugestões para ser mais feliz: 
 
 Nem sempre se cumpre o que se diz, 
 
 Mas é útil sempre praticar a caridade, 
 
 Iniciando no seu mundo, em todas oportunidades. 
 
   
 
 Não relegue para o depois, 
 
 Faça-se o bem no Agora, 
 
 Sua é a colheita, sem demora, 
 
 Um é material, outro espiritual, são dois! 
 
   
 
 Agradeçamos ao Criador, 
 
 Que Concede-nos esse símbolo do Amor, 
 
 Fazendo que entendamos a utilidade da dor, 
 
 Tal qual nos legou o exemplo do Nosso Senhor!  
 
              
 
 Boanerges Saes de Oliveira 
 
 06 Ago 2004 – 21.30 h 
 
 (inspirado após enfarto agudo do miocárdio em 9 Jun 2004 – 09.30 h : valorizando o coração) 
 
   
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