Para onde Vamos
A Extrema direita não foi capaz de endireitar o Brasil, parecia que ia dar certo, o povo queria acreditar, passava por cima de muita coisa que não soava bem aos ouvidos, não tinha gosto de nada, era malcriada.
O que veio depois? É uma orquestra desafinada a tocar a ópera da vida errada.
O povo! Esse dá medo, ali está o segredo: difícil de governar, quando diz sim é não, e quando diz não! Vai devagar, fica à espreita a esperar a oferta que pode chegar.
Se valer a pena, o não vira sim! Sim!
Mas não se fie tanto assim!
O brasileiro tem jogo de cintura, sai pela tangente, e de repente tudo pode mudar. É melhor ir devagar!
Devagar, devagarinho não vá este povo acordar e ele mesmo o Brasil endireitar. É um povo inteligente, criativo: muitos anos de pobreza, de maus tratos, de incerteza, de não ter com quem contar.
Quem chegar para o governar, tem que saber chegar! Cada brasileiro é um gato escaldado, gente esperta, sempre alerta a ensaiar aquele pulo do gato que pode tudo mudar.
A educação vai devagar, as causas sociais chegam para enganar.
A Cultura está em todo o lugar à espreita para avançar,
olhos que não deixam nada escapar.
Aprendeu a aprender enquanto fingia que não sabia nem ler. A cultura é abrangente, está no lar, na escola, na igreja, na praça e é de graça.
Foi com ela que este povo aprendeu que quem chegar tem que respeitar o que por direito é seu.
Lita Moniz
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