MIRA IRA É O PSEUDÔNIMO DE UMA CARÍSSIMA AMIGA, POETISA , LÁ DE JUIZ DE FORA, QUE ME HONRA COM FREQÜENTES VISITAS AO MEU ESPAÇO AQUI NA USINA. A MIRA ESCREVEU-ME E PUBLICOU ESTA CARTA QUE AGORA TRANSCREVO AQUI, PARA QUE OUTRAS PESSOAS POSSAM CONHECER UM POUCO DE SUA ALMA POÉTICA.
(Hull de La Fuente)
À MINHA AMIGA ETÉREA...
A minha etérea amiga de Brasília, percebendo que o meu problema era um buraco aberto no peito, resolveu me escrever, na sinceridade mais sensível de suas palavras, e a partir disso, o mundo apareceu-me com uma promessa de felicidade.
Percebeu meus sentimentos, como se soubesse minha impressão digital, a cor de meus olhos e o tom de minha voz.
Enriqueceu minh alma, oferecendo-me brisa fresca e um céu azul. E esse é o oferecimento que me eleva - me jogou nos absintos, para fazer seu suave perfume entrar em meu corpo, mostrando-me que ainda não me aproximei o bastante do mundo.
E me fez ter a consciência, contra todos os meus preconceitos, de acreditar numa verdade - a de que sou poeta!
E então, o amor me apareceu como uma verdade do mundo. E é ele o grande sim que digo à realidade que me resta, e eu digo - sou poeta!
Através de suas doces palavras, sem querer ser dogmática, ganhei a clarividência de compreender o outro, alargando-me, livrando-me da tirania da obsessão de um amor platônico, possibilitando-me vida com as verdades que possuo e que me fez acreditar - que sou poeta!
Minha doce e amada amiga de Brasília, "etérea" é você. Etérea é sua alma tridimensional, que se engrandeceu ilimitadamente, para poder compreender as necessidades de reles seres comuns, como eu, como nós...poetas!
PS: Você é muito importante, para mim...
MIRA IRA
Publicado no Recanto das Letras em 04/04/2007
Código do texto: T436867
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