Nos meus tempos de 3º Grupo Escolar, gostava de ler o jornal O Porvir, mas o que lia mesmo com muita atenção era a revista semanal O Cruzeiro que, trazia de tudo que eu gostava: artigos,reportagens,seções (arquivos implacáveis e o mundo dos livros- literatura, teatro,xadraz,filatelia,fototeste e cruzadas),humorismo,romances, cinema,figurinos,assuntos femininos e na última página,Raquel de Queirós. Como sempre gostei de ler, sempre quis ser senhor de tudo.Polivalente,mesmo! Isto é bom, mas acaba por incomodar os semelhantes. No ano XXVI, 17/10/53, a revista trazia em sua coluna Filatelia, diversas novas emissões, entre elas:-Antilhas Holandesas, Equador,Homenagem aos autores do Hino da Guatemala e o 50º da volta à França de Bicicleta. Hoje, Dia do Filatelista Brasileiro, pego às mãos um livro da EB-Editora do Brasil, Idéias em Contexto, 1ª série do ensino fundamental, e encontro à página 98 um texto informativo sob o título: “Ensine seu filho a colecionar selos”. “Além de um passatempo fascinante, ele vai ter uma ocupação sadia e geradora de responsabilidade, Na filatelia o seu filho vai descobrir um mundo de aventuras”. Na filatelia os assuntos abordados são os mais diversos: ecologia, artes, literatura, esporte,países, história, geografia, etc. A ECT edita farto material de difusão filatélica e entre estes os editais que trazem tudo sobre a vida de cada selo.
Vamos ler o texto “buscado” aqui na Net?
O Que e Filatelia ?
“Chamamos Filatelia ao conjunto de selos, carimbos, franquias mecânicas, folhas comemorativas, etc. , que permitam observarmos a evolução, desenvolvimento e usos dos correios. Os interessados neste estudo, assim como seus colecionadores, são conhecidos como Filatelistas.
Para que se considere um filatelista, não basta que possua uma enormidade de selos, indistintamente, sem método, sem ordem, sem nexo. Este é apenas um `juntador de selos`. O filatelista é alguém que coleciona selos, isto é, coloca-os em ordem, separa-os por época ou país, variedade ou tema, ou qualquer outro critério por ele escolhido.
Filatelia é mais que um passatempo, é um meio de união entre pessoas e povos, é fonte permanente de conhecimentos sobre Geografia, História, desportos, política, artes de cada país e divulgação de suas belezas e riquezas naturais. É um constante desenvolvedor do senso estético e artístico do indivíduo a par de seu aperfeiçoamento em organização e método.
A cada dia que cresce mais, entre nós, o número de filatelistas no Brasil.
Raras são as cidades de grande e médio porte que não possuem clubes filatélicos, além da Feira do Selo, que concentra grande número de colecionadores, negociantes e principiantes, todos reunidos nos domingos de sol em torno de um mesmo interesse: o selo.
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos possui uma seção de Assessoria Filatélica, cujos objetivos são: produzir peças filatélicas e selos postais, divulgar, estimular e orientar os colecionadores. Mantém uma publicação gratuita, que é enviada a todos que a solicitarem, dentro e fora do território nacional.
É fácil perceber e sentir que o mundo filatélico é organizado, estruturado, divulgado, palpitante, repleto de eventos que, além da informação cultural e do aspecto de lazer, envolve também muito dinheiro. Sendo fonte segura de lucros, possui ainda uma Associação Brasileira de Comerciantes Filatélicos, com o fim de disciplinar e proteger os investidores em selos.
Embora, por definição, Filatelia seja `o estudo dos selos do correio usado nas diversas nações, metodicamente colecionados`, ainda preferimos a visão pragmática dos norte-americanos que a definem como `um somatório de lazer, cultura e poupança`.
Tal definição justifica, no aspecto cultural, o fato de, em vários países da Europa, a Filatelia ser matéria obrigatória do currículo escolar, o que evidencia sua capacidade de transmitir conhecimentos; no aspecto econômico, seria difícil encontrar alguém que, dedicando-se aos selos, tenha com eles levado prejuízo. Foi fartamente divulgada a transação de uma coleção clássica brasileira, vendida na Inglaterra por um milhão de dólares a negociantes que pretendem desmembrá-las em várias coleções temáticas. Pelo vulto do investimento, pode-se avaliar as perspectivas de lucro.
Isto não quer dizer que quem vai colecionar selos deva sair comprando tudo que se lhe apresenta...é necessária a mesma cautela que se usa em qualquer negócio.
O selo é mais ou menos valorizado em função de sua raridade, ou seja, do número de exemplares disponíveis no mercado. É importante saber que os selos são recolhidos após dois anos de sua emissão e assim seu valor extrapola ao facial, que é estampado sobre eles.”
Ser filatelista é estar sempre atento a história das comunicações.