Acróstico dos 15 ANOS DE NATHÁLIA
L. C. Vinholes
19.05.2024
Em fevereiro de 2012, atendendo a pedido, concluí o trabalho poético que resultou em um poema com acróstico na vertical esquerda que, inserido em um excelente filme caseiro, serviria de roteiro documentando momentos dos primeiros quinze anos vividos por uma menina especial que sempre mereceu o carinho, o amor, a dedicação e os cuidados de todos que a cercam, a exemplo do que recebia dos seus pais e sua irmã.
Quando minha esposa Helena Maria começou a comentar que eu seria convidado para fazer um poema para Nathália, senti uma sensação muito especial, muito estranha, como se uma porta se abrisse à minha frente e eu recebesse o presente que esperava há muito tempo. Confesso que sempre me interessou a figura de Nathália, como uma pessoa muito diferente e sempre merecedora de muito carinho. De maneira que fiquei contente, muito feliz com a encomenda, se isso possa se chamar assim.
Há dias, por uma coincidência, revendo meus arquivos, encontrei não só o texto do acróstico dedicado à Nathália, mas também os apontamentos nos quais, entre outros dados, consta o do dia 19 de maio, como o da data do seu aniversário, razão pela qual, hoje, decidi publicar o acróstico como uma homenagem aos pais e à irmã, mas também aos padrinhos e familiares e aos amigos que têm acompanhado o seu dia a dia.
O poema tem quatro blocos, cada um com oito versos, cada verso iniciando com uma das oito letras do nome de Nathália. Para o texto, escolhi a fonte “arial” por sua forma arredondada, com suas extremidades equidistantes de um ponto central, e para as letras com as quais se escreve o nome da homenageada e que dão início a cada um dos trinta e dois versos usei a fonte “harrington” de espírito festivo, em verde, cor da esperança.
Vejamos:
15 ANOS DE NATHÁLIA
Nossos caminhos se encontram, se cruzam,
As vezes distantes, as vezes nem tanto,
Talvez a promessa de sonhos comuns,
Hílares momentos que hão de chegar,
Auroras dos dias, dos meses e anos,
Levando esperanças em horas premiadas
Inventando fatos, verdades ou não,
Anseios de amor, carinho e porvir.
No voo que alças buscando as alturas,
Acima de montes e vales profundos,
Tens sempre a teu lado a mão que, segura,
Harmoniosa e tranquila
Ajuda a vencer as nuvens do tempo:
Lutando, cantando, sorrindo, bailando.
Inocente fada, formosa e ditosa,
Alegre menina de olhos cativos.
Nascestes distinta, diversa e bela,
Amor de quem quer apenas te amar,
Talento do Sábio que sabe o que faz,
Horto de fé, caridade e perdão,
Abrindo sorrisos no teu horizonte.
Luz que irradia o silêncio da vida
Imensa cortina do palco que é teu:
Amando, amada, num só coração.
Não vale esquecer o tempo passado,
Arquivo de maio com ramos de flor,
Total que somado faz quinze parcelas,
Herança que tens e que há de crescer
A mais do que tudo que valha lembrar.
Lírios e cravos, jasmins e camélias,
Incenso e mirra, fragrância de rosa.
A festa que é tua é nossa também.
Na noite de 19 de maio de 1997, durante 29 minutos e 59 segundos, uma plateia de convidados apreciou as dezenas de fotos de Nathália, ouviu e cantou músicas em voga para as meninas daquela época e levou para casa a lembrança de um poema especial oferecido à aniversariante.
Em novembro de 2023, como dama de honra na cerimônia nupcial, abraçada por dois tios, desempenhou tarefa nada fácil e levou ao altar as alianças da união da irmã.
Hoje, vinte e sete anos do seu nascimento, o que é de Nathália? Onde estarão os que se reuniram na noite comemorativa dos seus quinze anos? Quem ainda se lembra dos versos em sua homenagem?
Recordar é viver.
|