Ao longo de minha vida construí inúmeras
pontes para passar pelo rio da vida.
Umas foram apenas pontilhões outra,
apenas uma tábua suficiente.
Poucas foram as pontes de concreto.
As pontes de concreto que construí para passar
pelo rio da vida explodiram, caíram, ruíram.
Estas pontes foram do orgulho
desmedido da hipocrisia e arrogância.
O tempo se encarrega de detonar estas pontes.
Os pontilhões que permanecem são os
da humildade a sabedoria e o coração puro.
Os pontilhões são suficientes para que
passe sem receio e medos, pois são nas pequenas coisas que se constrói a grandiosidade.
Os pontilhões que me ajudam a atravessar o rio de
minha vida são pequenos e firmes fortes e simples .
As tábuas que coloquei sob o rio de minha
vida foram coisas pequenas que passei;
atravessei com segurança cheguei ao outro lado sorrindo; eram pequenos os obstáculos.
Por inúmeras vezes pedi licença e ajuda para usar a ponte de outros.
Os que me autorizaram e me ajudaram são os verdadeiros amigos os que posso chamar de irmãos.
Seguraram firme em minhas mãos e com voz segura e firme diziam:
- Vem, vamos, coragem, não tema, esta ponte parece longa,mas quando menos esperar estará do outro lado sorrindo!
Aqueles que negaram a autorização, não os condeno,
quem sabe sua travessia naquele momento fosse mais difícil para eles que para mim, pois suas pontes de concretos poderiam ruir e, ou eu estaria atrapalhando a tentativa da travessia...sobrevivi mesmo assim .
As pontes de minha vida foram construídas
com dor lágrimas, sofrimentos, sorrisos alegrias,
saudades, derrotas e vitórias.
Mesmo assim, continuo construindo pontes, pois tenho a esperança que muitos rios passarão por debaixo destas pontes.
Quiçá tenha eu forças por muito tempo ainda para continuar construindo meus pontilhões e seguir cruzando todos os rios da minha vida!!
