Dias atrás, confiei em um recurso aparentemente disponibilizado aos usuários do site e publiquei um texto baseado em uma fotografia, na crença de que os leitores poderiam enxergar a imagem à qual me referia. Não sei se por incompetência minha ou se por algum outro problema no uso da ferramenta, a foto em questão não foi anexada ao texto, o que me forçou a excluir a publicação.
Descobri como disponibilizar a interessados de modo geral arquivos na nuvem, o que me permitirá corrigir o problema. Nesta segunda tentativa, espero que os leitores consigam visualizar a foto à qual adiante tecei referências.
O artigo excluído dizia respeito a um candidato aprovado como cotista no concurso de acesso à carreira diplomática, apesar de evidentemente não possuir a condição racial prevista na legislação. Como saberão os que leram uma publicação anterior de minha autoria aqui na Usina sobre o assunto, estou envolvido em uma luta titânica para reverter a desclassificação injusta e absurda imposta a Rebeca Silva Mello no concurso de acesso à carreira diplomática realizado em 2017 (mais detalhes em https://www.youtube.com/watch?v=CuqDtJSQPr8 ). A intenção, ao publicar o artigo que não deu certo, consistia em demonstrar de que modo a arbitrariedade e a incúria dos examinadores causa sérios problemas na aplicação de política de cotas raciais.
Conforme havia afirmado no artigo que fui obrigado a retirar do site, não vou identificar o candidato beneficiado pela banca que apreciou sua autodeclaração. O assunto já foi encaminhado no âmbito de notícia de fato apresentada ao Ministério Público para examinar possíveis delitos praticados contra Rebeca e caberá aos encarregados do caso promoverem as investigações que entenderem necessárias, porque é evidente que a lei foi desvirtuada.
Desde a primeira vez em que me manifestei a respeito aqui na Usina de Letras, já havia advertido os gatos pingados que me fizeram o favor de ler aquele artigo sobre a natureza do problema em curso. Criou-se uma concepção esdrúxula e descabida, a de que os candidatos precisam demonstrar às bancas examinadoras que sofreram discriminação racial para que sejam confirmados como cotistas. Os absurdos decorrentes da premissa foram explorados naquela oportunidade, mas agora, com a foto do candidato adiante referido, todos poderão constatar que a premissa, além de inteiramente estúpida, também não tem alcance universal.
Não vou me estender mais na discussão do tema. Peço-lhes que façam seu próprio julgamento. Vejam primeiro a imagem do candidato que hoje é diplomata sem nenhum problema. Está em https://1drv.ms/b/s!AuLG46BLdphe2T-T6bbOl9Xand6c?e=YvhDdm . Para que não haja dúvida sobre o quanto a arbitrariedade parece ser o único critério utilizado pelas bancas examinadoras, verifiquem também o vídeo em que se registrou a entrevista, feita por comissão ad hoc, depois de homologado o resultado do concurso, que terminou por desclassificar Rebeca. Está no endereço https://1drv.ms/v/s!AuLG46BLdphe2UDgSfU_3Rq1OArw?e=fjNbOx .
O candidato em questão, reafirmo, é diplomata há algum tempo. Rebeca continua a via crucis que lhe foi imposta para demonstrar que, como parda, pertence à raça negra. As imagens, que desta vez os curiosos poderão conferir, falarão, como sempre, por si mesma
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