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Artigos-->DELMIRO GOUVEIA TRANSFORMA PEDRA COMUM EM PRECIOSA -- 05/09/2024 - 15:04 (Renato Souza Ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

DELMIRO GOUVEIA TRANSFORMA PEDRA COMUM EM PRECIOSA

Renato Ferraz

 

A cidade ainda era pequena, O início se deu em 1914 com uma vila operária para abrigar os empregados da fábrica de linhas

Seu fundador foi o empresário Delmiro Augusto da Cruz Gouveia, um homem que vivia à vanguarda das ideias e dos tempos.

Delmiro trouxe o sucesso empresarial obtido em Pernambuco para o sertão do estado de Alagoas, e transformou um pedaço de chão quente e seco num oásis. Seu método era agressivo e primava pelo pioneirismo, o que também o fazia ser alvo para inimizade, inveja e sabotagem.

De vendedor de peles de gado e de ouro de caprinos passou para o ramo de linhas de tecido.

Fundou a Fábrica Agro Fabril Mercantil e construiu vilas para acomodar seus empregados, fez escolas, posto de saúde, saneamento básico e clube de festa, etc.

O céu daquele local ficou mais azul, o cinza da poeira da caatinga perdeu espaço para o verde. Transformou a triste paisagem, que dava gosto se ver. O povo dava vivas e passou a ter esperança,

Deus havia lembrado daqueles filhos e deu carta-branca a Delmiro para levar luz onde eram trevas.

A saga de Delmiro não tinha limites, fundou uma usina hidroelétrica, a segunda do Brasil, para abastecer seu empreendimento.

Ele tinha pressa e ao sentir o faro, não media esforços, arregaçava as ideias e fazia brotar o desenvolvimento.   

Aquela vida aperreada e sem perspectiva, era coisa do passado, de repente o progresso trouxe alento para o povo. A terra seca e esquecida, passou a ser até noticiário internacional, graças a sabedoria e a ousadia desse cearense Delmiro Augusto da Cruz Gouveia.

Meus avós nasceram em Pernambuco e foram atraídos pelos novos tempos, ali construíram uma família com 8 filhos.

Fizeram parte dos primeiros empregados da Fábrica de Delmiro Gouveia. Meu pai se casou e foi também trabalhar na fábrica.

Contavam naquele local, à boca miúda, muitas histórias. Algumas, inclusive polêmicas, sobre Delmiro: ele se apaixonou e raptou uma menina de 16 anos, filha do então governador de Pernambuco, seu inimigo político. Na cidade quem quisesse se casar, a ele mandava avisar.

Contam que Delmiro deu de bengala no vice-presidente da República, seu desafeto; que era aliado ao prefeito de Recife e ao Governador de Pernambuco, e juntos perseguia o seu empreendimento, o primeiro Shopping do Brasil, fundado em Recife.  

O povo era muito criativo e a vida não era apressada, como agora;

não havia lazer nem entretenimento, então cuidava de preencher o tempo com sua arte de falar, inventar e repassar o que se sabia das gerações anteriores, “o ouviu dizer”.

Eram as fábulas do sertão! As calçadas e os alpendres serviam de ponto de encontro para se conversar e contar anedotas. Naquela época viviam-se os tempos do lobisomem, do fogo corredor, do papa-figo e de tantos outros que assombravam as crianças e até adultos também.

Delmiro Gouveia era um homem destemido que vivia intensamente na vanguarda do desenvolvimento. Além das histórias de toda natureza que vivia, seu coração colecionava romance de todo tipo, gostava de conquistar e de viver apaixonado.

O pioneirismo era sua marca: construiu o primeiro shopping center do Brasil, em Recife;

primeira fábrica de linhas da América do Sul, na Vila de Pedra e fundou a segunda usina hidroelétrica do Brasil, nas águas do Rio São Francisco, em Paulo Afonso-Ba.

 

 

 

 

 

 

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