Usina de Letras
Usina de Letras
22 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63097 )
Cartas ( 21348)
Contos (13299)
Cordel (10354)
Crônicas (22576)
Discursos (3247)
Ensaios - (10632)
Erótico (13587)
Frases (51548)
Humor (20165)
Infantil (5580)
Infanto Juvenil (4925)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141242)
Redação (3356)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2441)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6341)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->DA MUSICISTA À POETISA LILIA ROSA -- 25/11/2024 - 19:34 (LUIZ CARLOS LESSA VINHOLES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

DA MUSICISTA À POETISA LILIA ROSA

 

L. C. Vinholes

       25.11.2024

 

Durante longo período mantive correspondência com a professora Lilia de Oliveira Rosa que tinha como meta passar pela fase de mestrado e terminar a de doutorado em música.

 

Lilia Rosa começou com a Monografia de Doutorado “Instrução 61 de L. C. Vinholes: contribuição pedagógico-musical no processo e musicalização acerca da aleatoriedade e da notação contemporânea”, como requisito parcial para a obtenção do grau de Doutor em Música, sob orientação da Profa. Dra. Aci Taveira Meyer, apresentada em 2008 ao Curso de Doutorado em Música do Instituto de Artes da UNICAMP.

 

Dando continuidade aos seus objetivos, com estudos e pesquisas, Lili Rosa produziu o robusto texto “Música Erudita brasileira para criança (1960-2010): o repertório coral como ferramenta pedagógica na musicalização e a criação de Música Virtual”, apresentado em 2010 ao Departamento de Música da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, tendo como orientador o Professor Doutor Mario Ficarelli.

 

Na última etapa da sua alvissareira caminhada, Lilia Rosa apresentou, novamente sob a orientação da Prof. Dra. Aci Taveira Meyer, a tese “Três peças aleatórias de L. C. Vinholes numa abordagem pedagógica para criança: análise, criação de atividades musicais e site,” apresentada ao Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas, para obtenção do Título de Doutor em Música. Área de concentração: Fundamentos Teóricos – Educação Musical.”

 

Fizeram parte da Banca Examinadora a Profa. Dra. Aci Taveira Meyer (Presidente) e, como membros titulares, o Prof. Dr. Andersen Viana, o Prof. Dr. Carlos Alberto Silva Yansen, a Profa. Lenita Waldiges Mendes Nogueira e o Prof. Dr. Claudiney Rodrigues Carrasco.

 

Embora me seja difícil, por respeito à doutoranda, parceira de tanto tempo, seria deselegante e não posso deixar de registrar a gentileza das palavras da dedicatória que, em manuscrito, consta da primeira página do exemplar da tese que me foi oferecido:

 

Ao querido amigo compositor L. C. Vinholes, que esta nossa parceria ilumine os pensamentos de futuros educadores musicais em prol de um fazer musical criativo.

Agradeço toda a generosidade, paciência, incentivo, sem os quais eu não teria chegado ao fim desta pesquisa.

Com carinho, da “princesa”

Lilia Rosa

24.2.2011

 

No início da tese, ainda encontrei o “Agradecimento Especial” que só aceito pelo respeito que dedico aos momentos equivocados:

 

“Ao compositor Luiz Calos Lessa Vinholes, pela disponibilidade de seu material, seu tempo e suas ideias, pela confiança e carinho, pela incansável e total colaboração, pelo incentivo sempre positivo e apoio incondicional, pelas sugestões preciosas e pela amizade bonita que se fortaleceu a partir dessa pesquisa. Este trabalho não teria chegado até aqui sem a sua admirável generosidade e paciência.”

 

A professora Lilia é também autora de dezenas de artigos publicados em periódicos de instituições com sede em diversas cidades do Brasil, periódicos patrocinados por órgãos municipais, estaduais e federais. Em um deles, fui contemplado com o artigo publicado no Informativo Banda da Banda de Amparo (SP), intitulado Homenagem ao Vinholes: pioneiro da música aleatória no país (BDB, junho de 2012).

 

Confesso que sempre me foi sumamente agradável, fácil e gratificante acompanhar os passos de Lilia Rosa, mas que, recentemente, houve um momento em que experimentei uma das maiores surpresas que poderia ter tido, partindo de uma pessoa amiga e tão próxima. Por acaso, descobri que Lilia também escreveu poesia. Digo escreveu, o verbo acertadamente no tempo passado, porque não sei se ainda escreve e/ou se continua escrevendo e escondendo. Consta que teria se dedicado à poesia um ano antes de se inscrever no III Concurso Internacional José Lins do Rego 2007, promovido pela Faculdade Michelangelo, de Brasília, e ser contemplada com o 1º Prêmio. No mesmo ano mereceu Menção Honrosa no Concurso Internacional José Lins do Rego. Esses seus dois poemas poderão ser vistos às páginas 182 e 183 da Antologia Scortecci de poesia, contos e crônicas, edição especial para a 20º Bienal Internacional do Livro de São Paulo, de 2008. Lilia tem ainda outras láureas, dentre elas o prêmio concedido pela Fundação de Incentivo à Cultura de Campinas (FICC 2006), pelo trabalho relativo aos corais dos “meninos cantores”; e as bolsas do Prêmio de Apoio à Cultura de Amparo (PAC 2005, 2007 e 2008). Permito-me, pela sua abrangência, dar destaque ao trabalho “As ideias de Cage, Boulez e Vinholes”. publicado em 01/01/2018. às páginas 1 a 16 da Revista Re-Produção, da Casa Guilherme de Almeida, do Governo do Estado de São Paulo.

 

Por serem a razão primeira deste artigo, vou direto às poesias de Lilia inscritas nos concursos Nelson Carvalho e José Lins do Rego.

 

               Or(ação)

 

                                 Meu Deus!

                                 My lord!

 

                                my  or

                                meu

 

                                         or

                                   (us or our?)

 

                                        Deus

                                       de

                                           nós

                                            or

                                           our

                                          Deus!

 

                               Me dê

                                        ou

                                       dai-nos,

 

                               my Lord,

                                 y    our

                               mai   or

                                A

                            M      OR!

                                          (Ah,  men!)

 

--  *  --

 

O caminho

 

                                              dei um soco na mesa e gritei: basta!

                                              vou cair fora

 

                                              por que hei de sempre conectar e esperar?

 

                                             tenho vidas e vias livres

                                             caminhos além sites

                                              janelas amplas além bites

 

                                             www ficarei toda a vida a digitar

                                             em homepages entrar

                                            downlodes realizar

                                            a colher emails além mar

                                            e entre tantos pontos com, perdido, navegar?

 

                                            nada disso, discador meu, pois, há saída!

                                             vou cair fora.

 

Sem espirito crítico, mas com admiração, fico criando hipóteses, perguntando a mim mesmo se ela teria começado como eu, escrevendo quadras e sonetos, respeitando métricas e rimas, arriscando acrósticos ou se teria deixado de lado as bulas clássicas e se lançado na modernidade da poesia que apareceu na passagem dos séculos XIX e XX. Pergunto também se valorizou o espaço livre da página para acolher novidades que antes pareciam supérfluas e se, como material disponível, sem discriminar, deu valor igual às maiúsculas e minúsculas, aos sinais gráficos e às diferentes formas das variadas fontes, etc. Pelo que se vê acima, aceitou o novo, o diferente, e se arriscou a passar pelo crivo dos concursos.

 

Curiosidade

 

 Acredito que não estou equivocado por achar que a experiência da grande maioria d(a)os leitora(e)s é conhecer primeiro o nome e o título das obras de um determinado escritor ou poeta e só depois ficar inteirado sobre outros dados, tais  

como, por exemplo, o local onde nasceram. Pelo menos comigo, por décadas, o que aconteceu foi exatamente o que registro neste parágrafo, mas, curiosamente, meu encontro com Lilia, só seu deu doze anos depois de conhecer seu torrão natal: Goioerê (PR).

 

No final de junho de 1992, época em que era Responsável pelo Programa de Cooperação Técnica Brasil-Canadá da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), a convite do Reitor Décio Sperandio da Universidade Estadual de Maringá (PR) e pela Fundação e Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Vale do Piquiri (FADCT), como professor convidado, proferir Aula Magna no novo Campus de Goioerê (PR), sobre Cooperação Técnica Internacional via ABC. Naquela ocasião, graças à acolhida que me foi dada, não só conheci a pequena e acolhedora Goioerê, mas também muito aprendi sobre a cidade que fora estabelecida às margens do rio do mesmo nome, onde floresceram fazendas de café. Aprendi também que, etimologicamente, o nome da cidade tem origem na língua dos índios caingangues habitantes das margens do Rio Piquirí, significando “água limpa ou clara”: Goio = “água” ou “rio” e “erê = “limpa”, “clara”.

 

Para reiterar meus agradecimentos à musicista e também poetisa Lilia de Oliveira Rosa é que fui levado a escrever este artigo

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Perfil do AutorSeguidores: 11Exibido 55 vezesFale com o autor