AQUELA RESPOSTA
Renato Ferraz
Era fim de tarde, de primavera,
o sol ia se retirando de cena,
se despendia lentamente,
após seu show diário.
Cortinas de nuvens iam se fechando
à medida que ele desaparecia.
Enquanto o clima agora é de despedida,
até pouco tempo era de muita euforia.
O céu, com a chegada da noite,
assume uma fisionomia mais serena,
embora as estrelas sempre alegres
não param de sorrir.
Enquanto isso tudo se passa
nesse mundo imenso de Deus,
meu refúgio é a areia da praia,
onde estou sentado
me preparando para ter uma conversa
bastante séria e decisiva.
Ela insiste em ouvir daqui a pouco,
uma resposta que eu ainda não tenho.
Já é noite e uma brisa vem abrandar
a temperatura.
Eu me encontro em momento de reflexão
e diante do mar me veio à lembrança de
quando o conheci e fiquei vislumbrado.
Sinto uma dor antecipada, já que se não for hoje,
terá que ser tomada logo essa decisão.
Penso que a vida às vezes aparenta nos encurralar
para nos tirar de algum impasse.
É quando acontece o imponderável.
Seja o que for, amanhã o sol voltará alegre
E tudo recomeçara com mais vigor
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