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Artigos-->RECITAL EM CREMONA DO DUO MARCZAK-RUVOLO -- 09/02/2025 - 18:23 (LUIZ CARLOS LESSA VINHOLES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

 RECITAL EM CREMONA DO DUO MARCZAK-RUVOLO

L. C. Vinholes

09.02.2025

Sempre acreditei que a divulgação do Brasil no exterior deveria alcançar não apenas o público mais acostumado a frequentar eventos, mas principalmente aquele que, pelas mais diversas razões, não tem condições nem hábito de estar face-a-face com aquilo que se relaciona aos costumes e à cultura de outros países.

Durante o período em que estive à frente do Setor Cultural, de Cooperação e de Divulgação do Consulado-Geral do Brasil em Milão, entre abril de 1996 e novembro de 1999, quando, inclusive, foi criado e posto a funcionar o Instituto Brasil-Itália (IBRIT), dei todo o apoio e incentivei aos artistas que se dispuseram a colaborar com o Consulado a realizar recitais e apresentações em cidades da periferia de Milão. Nos casos em que o evento não era promovido diretamente pelo Consulado, era dado apoio emprestando o nome da repartição consular para figurar como patrocinador. Foram muitos os eventos assim realizados.

Dentre todos estes eventos um deles tem história muito especial pelo que de insólito aconteceu às vésperas de sua realização.

Desenvolvendo atividade exemplar, conheci a dois jovens musicistas: Christian German Ruvolo, pianista italiano, e Roney Marczak, violinista brasileiro. Ruvolo estudou na Escola Pública de Música de Milão e recebeu seu diploma do Conservatório de Bolzano em 1992. Participou de “master classes” com renomados mestres europeus e, por reconhecimento pelas suas atividades na música de câmara, recebeu bolsa da escola acima mencionada. Deu concertos na Suíça, Alemanha, Hong Kong e Brasil, foi solista da Universidade Católica de Milão e é o primeiro solista da Orquestra Sinfônica Rotariana da Lombardia. Depois de frequentar o curso de solista na Escola de Música de Freiburgo estudou composição no Conservatório de Milão. Roney Starza Marczak, fez seus estudos no Rio de Janeiro, frequentou “master classes” na Suíça, Áustria e Estados Unidos da América do Norte. Participou de festivais de música em Londrina, São Paulo, Teresópolis e Curitiba e venceu a todos os concursos dos quais tomou parte, salientando-se o Jovens Solistas da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo e o dos Instrumentistas Brasileiros no Rio de Janeiro. Estudou na Alemanha com bolsa do governo desse país, fez estudos de aperfeiçoamento no Conservatório de Berna e curso de interpretação em Milão. Foi solista de grandes orquestras e se dedica à música de câmara, em duo com seu parceiro pianista. É professor de violino no Departamento de Música do Kolleg St. Blasieb, na Alemanha.

Estes dois jovens musicistas chamam a atenção do público pela apresentação de música popular brasileira, por eles mesmos, habilmente arranjadas e enriquecidas com uma linguagem rica e aprimorada. Desse repertório especial fazem parte obras de Zequinha de Abreu, Ernesto Nazaré, Caetano Veloso e Ary Barroso.

Um dos eventos foi justamente o recital do Duo Marczak-Ruvollo, dia 26 de junho de 1998, no Auditório Manenti, de Crema, Província de Cremona que contou com a promoção da Secretaria de Cultura da Municipalidade de Crema, da Secretaria de Cultura da Província de Cremona e da Comissão Pastoral dos Jovens do Grupo Missionário Diocesano local.

         Como de costume, a secretaria do IBRIT, de comum acordo com os músicos, preparou, em italiano e português, o texto do programa a ser distribuído ao público, apresentando o duo e as obras escolhidas, obras dos quatro compositores acima mencionados. O texto dizia:

 

São muitas as formas que a humanidade desenvolveu para elaborar sistemas linguísticos que permitam a comunicação entre homens e povos, mesmo que de origens e experiências de vida completamente distintas. As maneiras pelas quais o diálogo e a compreensão se intensificaram são inúmeras.

A música, considerada por todos uma linguagem universal, é sem dúvida um veículo capaz de aproximar todos aqueles que têm vontade e interesse em alcançar uma convivência harmoniosa e gratificante.

O trabalho que os jovens e talentosos intérpretes Roney Marczak e Christian Ruvolo estão realizando, apresentando ao público italiano obras para violino e piano de compositores brasileiros, é de extrema importância para aprimorar o conhecimento da cultura e da arte cultivadas pelo povo brasileiro.

Compositores brasileiros, entre eles Zequinha de Abreu, Ernesto Nazaré, Caetano Veloso, Ary Barroso, souberam mesclar, cada um a seu modo, as influências dos povos africanos e europeus com as dos brasileiros mais antigos, que ocupavam um território imenso, rico e acolhedor quando, entre os séculos XV e XVI, tiveram os primeiros contatos com outros mundos.

Estudar e ouvir obras de compositores brasileiros é uma das muitas maneiras de se aproximar do Brasil e entender melhor sua cultura e seus costumes.

 

 

 

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