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Artigos-->A LUZ NO FIM DOS TÚNEIS - AGRADECIMENTOS -- 10/02/2025 - 19:10 (LUIZ CARLOS LESSA VINHOLES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A LUZ NO FIM DOS TÚNEIS - AGRADECIMENTOS

L. C. Vinholes

10.02.2025

                     Retomei apontamentos de 29 de setembro de 2021 para desencumbir-me de algo que, há muito, gostaria de ter feito e tornar público: agradecimento a quem me deu apoio. É o que agora faço, sem mais delongas. Meu namoro com a imponente casa da Praça Sete de Julho começou nos anos de 1940 quando não imaginava o que viria depois. Os três anos que se passaram depois que escrevi tais apontamentos pedem adptação do texto para evitar equívocos.

               Desde que deixei Pelotas pela prmeira vez, em 1952, senti-me sempre estar dento de túneis. E eles foram muitos, mas todos, por sorte, oferecendo uma luz no seu final.

                As caminhadas nestes túneis pediam determinação e perseverança. Às vezes caminho fácil, possibilitando passos firmes; outras, trilhas exigindo sacrifícios, oferecendo escorregões e quedas.

                 Mas quem andava sonhava e aos poucos seus sonhos se tornavam realidade. Foi assim de Pelotas para São Paulo, de São Paulo para o Japão, do Japão para o Paraguai, do Paraguai de volta para o Japão, do Japão para o Canadá, dali para Brasília, da nossa capital para  Milão e, finalmente, de Milão para Brasília. Sim, fisicamente cheguei na capital, mas sentindo-me permanentemente na origem, em virtude de novos eventos.

                   O importante é que apesar das distâncias, em nenhum momento faltou o indispensável apoio da família, dos mestres, dos amigos, dos colegas e das instituições.

                    Tudo indica que as jornadas estavam traçadas com mínimos detalhes. Só faltava trilhá-las. Felizmente, saí e voltei ao mesmo ponto.

                     Sinto e vejo que um último túnel à minha frente, foi e continua sendo este que percorri vindo para Pelotas. A luz que aqui encontrei brilha mais do que as que ficaram para trás. É  mais acolhedoura do que todas as demais. E parece ser permanente.

                     Estou seguro de que isto foi possível, de que estou vivendo estes singulares momentos só porque, nunca, como sempre tenho dito, foi cortado meu cordão umbilical com minha cidade natal. Aqui estive na minha primeira casa, aqui me encontro nesta última para ficar. E sem outros planos.

                     Tudo que aconteceu, quero agradecer de maneira muito especial e em primeiro lugar aos meus pais, aos meus avós maternos, à minha família com árvore genealógica ramificada graças à uma irmã e a um irmão. Expresso meus agradecimento também aos mestres daqui e de onde estive, aos meus colegas e aos meus amigos. Não cito nomes para não ser injusto e esquecer a alguém.

                      Por razões de história, vou abrir exceções. Um agradecimento especial à fraternal amiga pianista Yara Bastos André Cava, a quem por justiça, chamo de “madrinha”, por ter sido quem me apresentou ao compositor Hans-Joachim Koellreutter, o que determinou grande parte do meu futuro; a Mario de Souza Maia por ter sido o primeiro estudioso a acreditar no que criei e a Lilia de Oliveira Rosa e Valério Fiel da Costa por terem ampliado a análise e os fundamentos da aleatoriedade que norteou meus últimos passos em música.

                   Não posso deixar de lembrar, na pessoa de Haroldo de Campos, a todos os que fizeram parte da vanguarda poética das décadas de 1950/1960, paulistas, cearenses e mineiros; dos poetas japoneses Kitasono Katsue, Iwamoto Shuzo, Seiichi Niikuni e Fukitomi Yasuo; dos pintores Samson Flexor e Kenzo Tanaka que, com seus contatos e intercâmbio de obras, permitiram construír a mais robusta ponte entre artistas plásticos do Brasil e do Japão.

                  Agradecimento muito especial e com louvor pela acolhida dada aos meus planos e ao que amealhei e do que fui fiel depositário temporário à Universidade Federal de Pelotas, na pessoa dos seus reitores Antonio César Gonçalves Borges, Inguelore Schunemann de Souza, Pedro Rodrigues Curi Hallal, Isabel Fernandes Andrade e à professora Úrsula Rosa da Silva diretora do Centro de Artes, onde está incrustada a Discoteca da qual me fizeram patrono, e ao corpo discente e docente daquela casa; e outra vez, à Isabel Fernandes Andrade, reitora, e à professora Úrsula Rosa da Silva, vice-reitora, por me fazerem parceiro do corpo docente da UFPel, concedendo-me o honroso título de Doutor Honoris Causa.

             Agradeço ainda ao então diretor e à vice-diretora do MALG, professor Lauer Alves Nunes dos Santos e professora Mari Lucie da Silva Loreto; às diretorias que antecederam à presente e a todos os técnicos e funcionários do museu; ao laboratório de curadoria desta instituição, na pessoa do professor José Luiz de Pellegrin; e à Sociedade Amigos do MALG, lembrando a professora Clarice Magalhães, o meu mais sincero e fraternal obrigado. Não esquecendo aqueles que acreditando ser possível a escolha que fizeram, me deram a oportunidade de ser Patrono da 42ª Feira do Livro de 2014 de Pelotas. Agradecimentos ainda ao nosso Executivo municipal que, desde a década de 1960 até o presente, ofereceu apoio viabilizando a concretização do elo de fraternidade entre Pelotas e Suzu, as primeiras cidades irmãs entre o Brasil e o Japão, e da icônica Praça Jardim de Suzu.

           Agradecimento especial à diretora Raquel Santos que, em companhia do professor Pelegrin, recebeu, de braços abertos e com alegria, o quadro a óleo Aspecto de Ouro Preto, de 1947, que resgatei em Montreal, Canadá, passando a compartilhar espaço com as demais obras do nosso patrono, preservadas no acervo do MALG.

         Não poderia deixar em segredo, meus agradecimentos à minha esposa, companheira de mais de três décadas, Helena Maria Ferreira, pelo apoio incondicional ao meu desejo de concretizar doações não só ao MALG e à Disdcoteca da UFPel, mas também ao então Centro de Referência Haroldo de Campos, da Casa das Rosas, em São Paulo; à Biblioterca dao Instituto de Língua Japonesa da Pontifícia Universidade Católica de Porto Alegre e ao nosso Colégio Municipal Pelotense.

               Agora, pela quarta vez, fechando o quadrilátero do tempo, nos reunimos na sala que tem como patrona a incansável e vitoriosa professora Marina de Moraes Pires a quem devo a amizade que desde jovem prezei. Sala esta na qual hoje se concretiza a intenção que, há quatorze meses (16.12.2018),  me foi apresentada pelo então diretor professor Lauer Alves Nuno dos Santos e pela então diretora professora Juliana Angeli para a realização desta mostra. Estamos reunidos para inaugurar mais uma exposição que me faz lembrar que aqui estive pela primeira vez no final da década de 1940, na companhia de meu primo Alcindo Flores Cabral, professor da Escola de Agronomia Eliseu Maciel; de quando aqui voltei na década de 1980 em busca de abrigo às obras de arte recolhidas em minhas andanças e na participação do evento comemorativo ao Centenário da Imigação Japonesa, em 2008.

               Abusando da vossa paciência quero apenas, silenciosamente, registrar que, com pesar, sinto a falta entre nós de minha irmã Zaira, dos meus filhos Irani e Daniel.

               Para finalizar e pedindo desculpas pelo precioso tempo que tomei dos presentes (e dos que terminaram de ler este artigo), peço a todos para, em um último ato de respeito ao que está acontecendo e ao que até então foi feito nesta casa que tem como patrono o notável pintor pelotense Leopoldo Gotuzzo, peço, repito,  a indispensável licença para apresentar uma ata virtual para o devido registro, registro não em cartório como soi ser, mas no coração dos que comungam a satisfação e a alegria de estarmos próximos uns dos outros, unidos pelo denominador comum do saber, da cultura e das artes.

 

Comentarios

Maria do Carmo Maciel Di Primio  - 15/02/2025

Lindo e comovente !!

Maria do Carmo Maciel Di Primio  - 15/02/2025

Texto lindo e comovente !!

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