HISTÓRICO DA DISCOTECA DO CENTRO DE ARTES DA UFPel
L. C. Vinholes
23.06.2015
Nota 01: A título de colaboração, tenho o maior interesse de que um grande número de leitores e pesquisadores tomem conhecimento da existência de uma rica e variada coleção, pertencente ao Centro de Artes da Universidade Federal de Pelotas – UFPel -, conhecida como Discoteca.
Visando compartilhar com os leitores do site <www.usinadeletras.com.br>, reproduzo o que está registrado no texto de sua apresentação oficial.
A Discoteca L. C. Vinholes, vinculada ao Centro de Artes da UFPel, é responsável pela guarda, conservação e difusão de um relevante acervo de fonogramas em diversos suportes. Também abriga itens de outras naturezas, como os da coleção particular do compositor L. C. Vinholes que contém documentos, cartas, passaportes, publicações, instrumentos musicais, entre outros.
Iniciada como projeto “Arquivo Sonoro” em 1992, pelo professor Mario de Souza Maia, o projeto da Discoteca esteve inicialmente vinculado ao Departamento de Artes e Comunicação (DAC), quando o atual Centro de Artes da Universidade Federal de Pelotas era denominado Instituto de Letras e Artes – ILA. Com o objetivo inicial de constituir e ofertar acesso a um modesto acervo fonográfico, dirigido inicialmente ao suporte acadêmico dos cursos de música, a Discoteca ampliou sua base de coleções e expandiu em quantidade e relevância os itens de seu acervo com o passar do tempo. Além de algumas doações particulares e da coleção de 78 rotações, a partir de 2012 a Discoteca se tornou responsável pela guarda do acervo da Rádio Cosmos 107.9MHz (atual Federal FM), emissora pública sob outorga da UFPel.
Entre os principais suportes das coleções, se destacam os discos de 78 rotações (também conhecidos como 78RPM ou discos de goma-laca), LP’s (Long-Plays, também conhecido como disco de vinil), EP’s (discos de vinil de 7″), Compact-Discs (CD’s), Mini Discs (MD’s), fitas cassete, fitas magnéticas de rolo, cartuchos de fita magnética e Cilindro de Edison. À parte dos itens que compõem suas principais coleções – os fonogramas – a Discoteca possui também uma coleção de equipamentos de reprodução de áudio de diversas épocas, além das coleções de seu patrono, o compositor Luiz Carlos Lessa Vinholes.
Por iniciativa de seu fundador, o professor Mario Maia, a partir de 2014 a Discoteca presta homenagem ao pioneiro da música aleatória: o compositor pelotense Luiz Carlos Lessa Vinholes, com a atribuição de seu nome ao acervo fonográfico da UFPel. Em retribuição, o patrono envia sistematicamente à Discoteca uma parte significativa de seu acervo, que compreende documentos pessoais como cartas, passaportes diplomáticos, atestados, certificados, diplomas, credenciais, objetos tridimensionais, além de partituras de suas obras, coleções de álbuns e gravações em suportes diversos como fitas cassette, CD’s, EP’s, LP’s, películas cinematográficas, sistema de som Onkyo, diversos acessórios de áudio e uma coleção de instrumentos musicais orientais.
Em 2016 o professor Rafael Velloso, representando a UFPel por meio da Discoteca, no município de Santos (SP), recebeu a coleção Brasil Eugênio da Rocha Brito, intermediada por seu colega e amigo L. C. Vinholes e entregue pessoalmente pelo doador. A coleção Brasil Eugênio conta com itens em estado impecável de conservação, composta por 1.685 LP’s, 160 fitas cassete, 25 fitas magnéticas de rolo, além de fitas VHS e módulos de equipamentos de reprodução. O acervo da Discoteca conta ainda com outras coleções, compostas por equipamentos de áudio – muitos dos quais recuperados do patrimônio em desuso da universidade – e de fonogramas em suportes diversos, recebidos por doações de acervos particulares e institucionais.
Desde 2015, a Discoteca compartilha espaço físico e estrutura administrativa com o Laboratório de Etnomusicologia (LabEt), constituído a partir da necessidade identificada por docentes dos cursos de Música de um laboratório para a criação e execução de projetos de pesquisa, extensão e ensino – sempre a partir das coleções da Discoteca, em uma estrutura acadêmica complementar à sua natureza enquanto acervo. Desde então, o interesse e a produção acadêmico-científica sobre o enorme potencial que o acervo da Discoteca reserva, têm crescido não apenas na própria UFPel ou nos cursos da área da música, mas também por pesquisadores vinculados a instituições de ensino superior de todo o país em áreas como História, Sociologia, Antropologia, Design, Artes, Comunicação, entre outras.
Para agendar pesquisa ou visita guiada, acesse <atendimento.ufpel.edu.br>, selecione “Solicitar Atendimento” e, após identificação, selecione o setor “Discoteca” e o serviço “Agendar pesquisa no acervo”
Nota 2: complementando as informações constantes dos parágrafos anteriores, acrescento as mais recentes disponíveis pela própria Discoteca:
UFPel presta homenagens a L. C. Vinholes
A Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) promove série de atividades em celebração à vida e obra de L. C. Vinholes em 2023. O ano de 2023 registra ao menos duas efemérides marcantes na vida de L. C. Vinholes. Em 10 de abril, o patrono da Discoteca do Centro de Artes da Universidade Federal de Pelotas completou 90 anos de vida. No dia 17 de setembro de 2023, são celebrados os 60 anos da irmandade entre os municípios de Pelotas (RS-Brasil) e Suzu (Ishikawa-Japão), acordo celebrado em 1963 por iniciativa de Vinholes, que realizou também a articulação bilateral entre as prefeituras e câmaras municipais das duas cidades.
UFPel outorga títulos honoríficos a L. C. Vinholes e Maria Letícia Ferreira
Duas trajetórias de vida, por suas contribuições à Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e à sociedade em geral, foram celebradas na tarde de sexta-feira (15). Em cerimônia no auditório do Centro de Artes da UFPel, a Instituição outorgou títulos honoríficos a L. C. Vinholes (doutor honoris causa) e a Maria Letícia Ferreira (professora emérita).
60 anos da música aleatória
Uma obra pioneira na história da música aleatória completou 60 anos de sua primeira utilização em 31 de dezembro de 2021. Trata-se da Instrução, para quatro instrumentos quaisquer e quatro colaboradores (1961), nome posteriormente simplificado para Instrução 61. A obra foi criada pelo compositor L. C. Vinholes (Pelotas, RS, 1933) em sua primeira estada no Japão, quando exerceu funções de adido cultural na embaixada do Brasil em Tóquio.
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