Aqui no Brasil a chamada direita está no poder há quinhentos anos. Os negros, os índios, além dos portugas proscritos de além mar que cá nestas plagas aportaram pra serem a mão de obra boa e barata dos nossos colonizadores são a gênese da população pobre e marginalizada desse país.
Só pra não ficar em ilações de pura fantasia ideológica, um fato histórico.
Quando a doce Princesa Isabel por pressão da Inglaterra libertou os escravos, estes foram largados na sociedade feito ratos quando o navio afunda. Digam-me os ardorosos defensores dessa elite burra que governa o país como esses escravos e suas famílias poderiam aspirar um tipo de vida melhor do que aquele ao qual sua condição de escravos até então lhes impunha? Como conseguiriam colocação, um “posto” (argh!) de trabalho numa estrutura social cristalizada, na qual todos os empregos “decentes” já estavam ocupados?
Pois bem, passados os anos observamos o mesmo cenário de engessamento das estruturas, razão por que os milhões de brasileiros sem casa, saúde trabalho e educação outra alternativa não têm senão a organização coletiva em movimentos reinvidicatórios, que pressionem as elites e o governo a mudar o enfoque de suas ações, privilegiando o social, o humano, o trabalho, e não exclusivamente o capital, ênfase mor desse mundo globalizado.
Onde está o atraso em querer que nossas crianças sorriam mais, brinquem mais, sonhem mais, ao invés de se matarem nas esquinas, de se prostituírem e acabarem cedo sua vida consumindo drogas?
Quem sabe você precise rever seu conceito de atraso. Quem sabe...