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Cartas-->Ricardo = El-Rei... Coração de Leão ! -- 02/05/2003 - 17:11 (António Torre da Guia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Inesquecíveis momentos virtuais que são reais...

 

ABRAÇÃO AMIGÃO  

Terceira Cruzada
 

 

Conforta... Sabes?!
É como porta certa
Que se abre sem mexermos na aldraba
É uma porta de palavra
Que só uma poema exprime
A espreitar pela janela...

Sabes?! É ela... A solidariedade
Com a rima feita que há-de
Libertar a humanidade
Num mundo pleno de maçãs...

É... Deixa-me cá tomar
Um velhinho paradigma...
É... Assim de repente e de rompante
Assumir em valentia o instante
Com a vida feita espada em cada mão
E gritar... Gritar avante...
Ricardo... El-Rei... Coração de Leão!...

Torre da Guia

Incensa a alma em fumos de ouro... E voa-se!

RICARDO CORAÇÃO DE LEÃO, O REI GUERREIRO

Inglaterra - 08/09/1157 - Domingo
06/04/1199 - Terça-feira

A Primeira Cruzada terminara em 1099 com a vitória dos cristãos e a Palestina com Jerusalém fora
libertada dos turcos seldjúcidas. Mas em 1.187, Jerusalém caía nas mãos de Saludino, o sultão dos "infiéis" –
como eram chamados pelos cristãos os seguidores do islamismo. Contudo, a Europa cristã não se conformou
com a perda da Terra Santa: o papa enviou emissários a todos as cortes para organizar a campanha da
reconquista. Os reis Filipe Augusto da França, Ricardo I da Inglaterra e Frederico Barba-roxa da Alemanha
responderam logo ao apelo papal. Mas só Ricardo I, cognominado Coração de Leão por sua bravura e
intrepidez nos campos de batalha, se destacaria de fato na Terra Santa.
Ricardo, terceiro filho do Rei Henrique II da Inglaterra e de Eleanora da Aquitânia, recebeu o Ducado
aos 15 anos e correspondia à atual região sul-ocidental da França, ao redor da cidade de Bordéus.
Em 1183, quando morreu seu irmão mais velho Henrique, Ricardo tornou-se herdeiro do trono inglês e
da Normandia, na atual França, que então pertencia aos soberanos ingleses. Contudo, as questões dinásticas
obrigaram-no a renunciar à Aquitânia em favor de seu irmão João.
A recusa de Ricardo em fazê-lo deu início a um período de lutas nas quais Ricardo recebeu a ajuda do
Rei Filipe Augusto da França. Contudo, perde esse auxílio logo, pois ofende a honra do rei ao rejeitar o
casamento com sua irmã, Alice.
Os caminhos da Inglaterra vão tomar outros rumos. Mas os interesses conjuntos ainda são fortes: a
conquista da Terra Santa – ponto crucial das rotas comerciais para a Ásia e o símbolo do fé cristã – supera as
desavenças da dinastias. Assim Ricardo e Filipe concordam em participar juntos da Terceira Cruzada.
A causa apaixona-os, principalmente a Ricardo, que nela vê a oportunidade de viver como tantas
vezes sonhara, isto é, como um verdadeiro cavaleiro e imperador de novas terras. As dificuldades para formar
um grande exército não o intimidam e ele não vacila em impor taxas altíssimas – o "imposto de Saladino"- a
todos os súditos que não fossem participar diretamente da Cruzada. Além disso, vende tudo o que pode,
reunindo fundos para a campanha.
Antes de partir para a guerra, em 1189, confia o governo a dois bispos, sob a supervisão de sua mãe, a
velha rainha Eleonora de Aquitânia.
Após atravessar a França, Ricardo permaneceu na Sicília com seu ex-inimigo e atual aliado Filipe até a
primavera de 1191. Depois ruma para Chipre, dominada pelos bizantinos. Desejoso de chegar à Palestina
precedido de glórias militares, além do fato de que a posição estratégica da ilha era altamente convidativa,
acusa o governador grego da mesma de ter insultado sua noiva. Assim, sob esse pretexto, declara-lhe a guerra,
conquista Chipre e torna-se herói.
A 8 de julho de 1191, segunda-feira, os exércitos de Ricardo e Filipe Augusto reúnem-se finalmente em
Acre – a cidade fortificada na costa do Pacífico – que, rebatizada para Saint Jean d Acre, existe hoje com o
nome de Acco em Israel. A fortaleza é dominada em cinco semanas. Todavia a rivalidade entre os aliados
tornava-se cada vez mais graves: irrequieto e orgulhoso, Ricardo insulta Leopoldo da Áustria, enquanto suas
relações com Filipe chegam a tal ponto, que este retorna para a França e entra em contato com o Príncipe João,
irmão de Ricardo, para ambos partilharem o reino de Ricardo. Enquanto isso, Ricardo vence novas batalhas e
leva os cruzados por duas vezes até o muro de Jerusalém. Mas as notícias que recebe da Inglaterra sobre as
tramas de Filipe e João o inquietam. Antes, porém, recebe do sultão Saladino o reconhecimento da posse das
cidades costeiras da Palestina e a garantia do livre acesso dos cristãos ao Santo Sepulcro.
Na viagem de volta à Inglaterra, a frota de Ricardo naufraga no mar Adriático, mas ele consegue
salvar-se. Para evitar o território francês, resolve atravessar a Alemanha disfarçado. No entanto, é capturado
em Viena, no dia 21 de dezembro de 1192, segunda-feira, por ordem de Leopoldo da Áustria, e confinado em um
Castelo, às margens do Danúbio. Em princípios de 1193, Leopoldo é obrigado por Henrique VI a entregar seu
precioso prisioneiro. Em fevereiro de 1194, Henrique VI liberta Ricardo, apesar dos pedidos de João e Filipe da
França para mantê-lo na prisão. E a 16 de março de 1194, quarta-feira, Ricardo entra em Londres, sob aclamação
popular.
Coração de Leão teve pouco de líder político-administrativo e muito de chefe militar. Em dez anos de
reinado, não permaneceu em sua pátria mais de alguns meses. Sua fama vem de um destemor e uma
grandiloqüência com marcante senso de espetáculo. A cena da morte é um exemplo de como ele soube encarar
o espírito heróico e improdutivo de seu tempo – Ricardo soubera que o Visconde Limoges, seu vassalo,
encontrara uma valiosa moeda de ouro perto do Castelo de Chalus e como soberano feudal, exigiu que a moeda
lhe fosse entregue. Não sendo atendido, resolveu sitiar o fortim do visconde. Durante a luta, uma flecha
atingiu-lhe o ombro. Era o fim: a ferida gangrenava e o rei viu que estava morrendo. No tempo que lhe restou,
proclamou seu herdeiro João e ordenou o perdão para o arqueiro que o alvejara.

 

 

 

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