Abrindo um e-mail insultuoso - e nunca alguma vez tive qualquer espécie de relação com tal pessoa - vinha esta décima, tal qual a insiro, de minha autoria, à qual o emissor colocou o número silábico logo adiante de cada verso:

A Usina... Já o disse - 7
E a Vida... Lado a lado -7
Têm algo comparado - 6 ?????
À emoção e à chatice -7
Mas se tudo bem se visse - 7
Com isenção a valer - 7
Poder-se-ia entender - 7
Muito mais claramente - 6 ?????
No meio de tanta gente - 7
O que fica por dizer!... - 7

Aos versos terceiro e oitavo, segundo ele, falta uma sílaba para complementar a expressão septissílaba!

Quanto a mim, nada falta: "Têm", vale duas sílabas e "cla" idem.

Esclarecer?!... Não custa ou custa? Custa muito, dói e sei lá que mais.

Esta pessoa, em estilo ameaçante, informou-me que era isto e que era aquilo... E que...

Eu, meu caro, sou isto: tomara que os meus erros fossem mesmo aqueles sobre os quais o senhor desperdiçou tempo a colocar algarismos à frente.

Bem... Mas o senhor sabe ou não sabe que as sílabas consoante se podem alargar (e essas não as contou para mais) também se podem encolher?

Nunca decerto lhe fizeram uma pergunta destas. O senhor, com o seu e-mail, a mim, só provou que não percebe mesmo patavina disto. Não sabe cantar, pois não? E podar?... Podar sabe de certeza, mas eu a partir de agora nunca lhe confiaria uma videira. É evidente que poderia seccionar uma haste preciosa...