Assim A Poesia Será Hino Sem Ter Fim ! 
Tomo tal e qual - de Manuel Jorge Marmelo, jornalista desde 1989, de 32 anos em evidente pujança - o período com o qual inicia o seu "O amor é para os parvos", um livrozinho de cento e poucas páginas, que li num ápice. Explicita-se nesta leitura a sóbria e objectiva visão de um homem em cima da onda do amor actual. Quiçá, Manuel, teu rato manual imprevistamente se volte para aqui... Aqui e ali... Que é de facto ali que alimentamos a vontade de saber mais até ser nada. "Costumavas dizer - Quando penso em ti, vejo-te com a cabeça pousada nos meus joelhos, a olhar para mim com olhos grandes. Às vezes tens os olhos fechados e estás a dormir, mas o que interessa é que é assim que eu penso em ti: com a cabeça pousada nos meus joelhos, quieto, enquanto passo a mão, devagar, pela escova mole dos teus cabelos." Agora... Insecto, anda, vem, ergue-te no destino das palavras comigo, sai daí, desse ininterrupto volteio onde, ao redor da luz real, nada vês. Vem, faz como eu, perfura o tecto, anda... E assim estão meus dedos deslizando Agora sobre teu nome que não escrevo Porque me foi imposto e proíbido Pelos tácitos besouros dos sentidos Que afirmam - rio - são inteligentes. Também te imagino atrás... Antes E depois sob o ferrete impossível Que só a morte fera determina Ali mesmo na esquina... Vês?!... E senão vês virás a ver decerto. Incontornavelmente tarde o "se" Virá pleno de cio intransmissível E como mal avaliaste o incrível Sentirás o sonho no biombo mortal Erguer-se em volta e pairar letal. E lê: "Cabeça pousada nos meus joelhos" Vá... Tenta... Faz como eu faço Escreve firme energia e cansaço E quando feliz quiseres adormecer Imagina-me como eu te imagino... Assim A poesia será um hino Sem ter fim!
Torre da Guia PS = Anda... Insecto... Não custa nada... Ou só sabes pousar na teta... Ou no teto!... |