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Cartas-->Mulher talismã -- 08/07/2001 - 05:30 (Alberto D. P. do Carmo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Deixa-me viver apenas para fazer
Deixa-me fazer somente para viver.
Eu sou tão pouco, tão acanhado para te ver
Deixa-me trazer o que eu posso
O que eu posso é tão menos de ti
Mulher tão linda...

Nadei tanto a te procurar
Gente se afogando sem saber
E teu amor tão próximo
Deixa-me ver as tuas brumas

Pego uma pena de águia no mar
E me remeto a tantos abismos
De cor, de dor, de milhas distantes
A te ver, encantado de amor

Deixa-me viver para te amar
E destilar meus mundos
Tão próximos e distantes
Onde estás?



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