Quando um piano toca como agora nesta música em que me envolvo, em que os acordes rumam em sopro de melodia, também escuto outros instrumentos que somente anjos poderiam inspirar-me agora a escrever esta carta.
Vejo ondas e crianças brincando, adornando a paisagem e no final do dia, as marés iluminadas pelo clarão das estrelas e mais uma vez o céu.
E quando o carro começa a andar, músicas e músicas tocando em alegria de viver. Sorrisos, silêncio no mergulho do som, vento entrando pela janela, um êxtase percorrendo suavemente a viagem do carro ou da imaginação de quem está lá dentro.
Mais adiante no tempo desta eternidade, pessoas visitam museus, contemplam quadros lindos da vida. Foram pintados de diversas formas, tons e nuances. Cada um com seu mundo, cada mundo um sonho. Cada sonho desejando uma nota de felicidade. O céu sempre foi o destino de todos.
Olhos que se fecham e abrem, depois respondem e se irradiam com um grande e aberto sorriso. Cada qual de sua cor, um retrato e mensagens tocando através de seus brilhos o que querem dizer sempre nesse encantamento.
O céu também precisa descansar as mãos que repousam toda essa evidência. De certa forma pude estar lá em tudo que senti nessa vida. De certa forma já estou lá, eu sou de lá. Sei que vou voltar um dia.
O céu sempre...
Meu eterno carinho, e amor por tudo...