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Cartas-->A Manuel Sanches com fraterna simpatia -- 02/06/2003 - 08:45 (António Torre da Guia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O amor de ser não se agradece... Louva-se !
            
              
 
Não hesito em  nomear  e  citar  publicamente o usineiro Manuel Sanches em  louvor  da  Língua Portuguesa e da humana singeleza que, por tão benquista em meus sentimentos, me enternece.

"Obrigado por dar a conhecer ao Povo Brasileiro o belo poema "AS PORTAS QUE ABRIL ABRIU", do mui saudoso ARY DOS SANTOS. Permita-me que lhe envie um poema de ARY e um meu. OBRIGADO." - Manuel Sanches

 
TOMAR PARTIDO
 
Tomar partido é irmos à raiz
do campo aceso da fraternidade
pois a razão dos pobres não se diz
mas conquista-se a golpes de vontade.
 
Cantaremos a força de um país
que pode ser a Pátria da verdade
e a palavra mais alta que se diz
é a linda palavra liberdade.
 
Tomar partido é sermos como somos
é tirarmos de tudo quanto fomos
um exemplo um pássaro uma flor
 
tomar partido é ter inteligência
é sabermos em alma e consciência
que o Partido que temos é melhor.
 
José Carlos Ary dos Santos
13 de Fevereiro de 1977
 
 
ALENTEJO
 
Eu queria sentir o vento
O deste Alentejo perdido.
De pobreza meu tormento,
e o latifúndio não banido.
 
Vasto, quente, ora seco.
De águas sempre sedento.
Vozes lânguidas,sofrimento,
enganam a miséria e sustento.
 
Estrelado céu alentejano.
Mortalha foi de Catarina.
Papoilas em campo tamanho,
clamores e raiva em surdina.
 
De searas levemente ondulando.
De ciganagem na raia cruzando.
De camponeses e filhos chorando.
De gentes sempre fome passando.
 
Num amanhã de ontem vibrante.
Com cravo vermelho a acenar.
As gentes em magote delirante.
Liberdade ganha, povo a gritar.
 
Os soldados de arma aperrada.
Cavando com enxada, o arado.
Milho e espiga desfolhada.
Povo meu, sofrido, amado.
 
Porém os anos vão passando.
Cravo vermelho murchando.
Sonho de povo ceifando.
Aurora rubra esperando.
 
Mãos gretadas, sujas, calejadas.
Martelos,foices,pás e bigornas.
Amanhã de estrelas doiradas.
De luta,pré,féria e de jornas.
 
Madrugada sem marchas militares.
Depois de Grândola Vila Morena.
Soldados, operários aos milhares.
Não haverá reacção que os detenha.
 
Esperança sonhada.
Em luta fermentada.
De mãos firmes, dadas.
Elas e eles, camaradas!
 
Manuel Sanches 
 
NA MEMÓRIA DE ARY
 
Apraz bela... Oh palavra
Semente língua na lavra
Que hoje vive incandescente
Bem acesa a florir
Em direcção ao porvir
No viço deste presente
 
Trezentos milhões de gente
Que de corpo e alma sente
O amor em português:
Te amo... Disse Dom Pedro
Amante... Paixão... Segredo
Posto aos pés de Dona Inês
 
E há sempre mais uma vez
Na seara que se fez
E agora sinto aqui
Sem ironia ou revanches
Vinda de Manuel Sanches
Na memória de Ary.
 
Liberdade... Oh é por ti
Que a esperança sorri
E se banha em céu de anil
Em Angola... Em Moçambique
Mo mundo todo e bem fique
De Portugal ao Brasil ! 
 
Torre da Guia
 
Cliquem e visitem o poeta de Abril
2003, José Carlos Ary dos Santos 
 
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