Tua imagem se perdeu no infinito para sempre....
as linhas do teu rosto apagaram-se da minha memória.
Onde estás , amor, que não o vejo ?
na minha doida fantasia em brasa constrói-a, num instante,o meu desejo !
mas eu te enxergo quando eu durmo, você como no início : alegre, sensível, divertido...sonho...que
eu e tu, dois pobrezinhos,andamos de mãos dadas, nos caminhos duma terra de rosas, num jardim, num país de ilusão que nunca vi...
eu sonho e volto, e novamente, amor, você se dilui como algo que nunca existiu.
você é sem rosto, sem nome, sem cheiro, é silêncio,é inútil...
e eu sou a vagabunda que te eternizou, a pedra funerária erguida na montanha solitária, interrogando as vibrações dos céus !
o meu amor ? - terra pisada, gota de chuva do vento baloiçada...
por isso, sonho e volto...sonho e volto... sonho...
como quem roça um lago que sonhou, minhas
cansadas asas de andorinha hão-de prender-te todo
num so voo...
...volto...
onde estão as linhas do teu rosto, amor ?!