Graças possivelmente à estrutura fisiológica da natureza que me dotou, possuo um reluzente par de coelhões, ainda, com sóbria propriedade. Bem encostadinhos um ao outro, roem à vontade um bom cabaz de apetitosas leitugas.
Ao rasgar dos meus dezasseis anos, entre familiares ascendentes, sussurrava-se que meu avô, pai absoluto de treze filhos, tinha algo de forte trato na coelheira. "E a Maria?!... Também os deve ter... Caraças!" - Ouvi algumas vezes, ao referirem-se a minha ida Mãe.
É verdade... Pincho e salto à vontade e não há por enquanto pingarelhos que me estorvem. Bendito será um ataque seja do que for para tomar-me antes que sinta a inexorável derrocada anunciar-se incontornável.
Sinceramente, aprazer-me-ia que a dona de tudo me pegasse em sorriso espontâneo e aí me gelasse para eventual retirada de moldes com vista a incentivar os cagarolas.
Até lá, como tenciono ir andando por aqui a cultivar-me na "arte de bem humilhar o próximo em toda a linha", nada me surpreenderá que um dia destes receba um e-mail vindo directamente da Capela Sistina a admoestar-me:
papavaticano@net.it
"Caro António solicito-lhe que depois de oferecer ao próximo as duas faces se curve por favor".
- Os coelhões não deixam... Eminência!
Torre da Guia
PS = Ah... Gostaria de frizar que tudo quanto escrevo é mentira e se alguma verdade passar por distraído acaso... Isso deve-se às transcrições que faço na Internet. É... É verdade, sim senhor e sim senhora. Ah... Ah... Ah... |