Já é evidente que se a era em que vivemos receber um nome, este ser "ERA DA INFORMÁTICA" ou "IDADE DOS COMPUTADORES". E por estarmos no início da Era Computacional passamos pelas dificuldades iniciais que toda revolução tecnológica carrega consigo. Pierre Furter disse que "a realização tem suas raízes no passado, sem as quais não teria nenhum conteúdo", uma verdade quando avaliamos os computadores na vida moderna.
É incrível notar que existem tantas máquinas no mundo, tantas pessoas lidando com elas, mas quão pouco se conhece realmente deste conjunto. É amedrontador olhar as expressões e reações dos funcionários de uma empresa onde em seu setor está se implantando um sistema computadorizado, pois o homem tem a tendência de repudiar ou sentir medo do que desconhece.
A ciência computacional é uma vasta área, grande demais para ser totalmente percorrida em alguns anos. No entanto, por ter a matemática como viga mestra, esta maravilhosa e imensa área é simples, objetiva e rápida de se compreender. Basta para isso ser bem demarcada, exibida e pintada. Os homens que nos precederam neste caminho já aplainaram em muito nossa estrada, recortando montanhas e cavando vales. No entanto, só quando começamos a nos aprofundar um pouco mais e a vislumbrar melhor tudo que já foi feito, é que notamos que há muito ainda por realizar.
Muitas idéias e homens já exploraram esta mina que é a computação, mas como um Eldorado inesgotável, o conhecimento e a descoberta estão ai, para quem souber onde cavar e procurar. Para tanto, necessitamos primeiramente nos situar dentro do contexto histórico e evolutivo desta ciência. Precisamos saber o que já foi criado, quando, onde como e por quem.
Precisamos conhecer estas idéias, os problemas que geraram e as soluções encontradas. Antes de mais nada, faz-se necessário cumprimentar os autores, e saber se são homens ou deuses, loucos ou gênios.
Desde os egípcios, há milênios atrás, até os atuais meninos de colegial que construem fantásticos e milionários programas para computadores, ou invadem sistemas infalíveis.
Iremos embarcar num túnel do tempo que nos levar através da história cronológica da informação, para aprender com os antigos mestres e autores. Inventando com eles m quinas diabólicas de contar e equipamentos robotizados que parecem raciocinar. Ao final, poderemos olhar com maior firmeza pelo horizonte e acreditar de uma vez por todas nas criações do bicho homem.
Teremos juntado elementos suficientes para analisar o quanto é verdade ou imaginação, por exemplo, o filme "TRON" de Walt Disney ou MATRIX, ou a que distância estamos do mundo e dos computadores apresentados em "2010 - The year we make contact", e ainda, poderemos ouvir com prazer as músicas computadorizadas de Vangelis ou Jean-Michel.
Devemos acreditar na EDUCAÇÃO, na PESQUISA e no CONHECIMENTO HUMANO como sendo a causa e a finalidade da existência do homem, da mesma forma que acreditaram durante séculos, todos os grandes homens de ciência. Não estamos mais na Era do Obscurantismo, no entanto, o conhecimento Cientifico ainda se encontra imerso em profunda escuridão. Nosso ensino, infelizmente não acompanhou a evolução tecnológica de nossas vida. Ainda aprendemos e o que é pior, ensinamos, como na época das réguas de cálculo e das volumosas tabelas logarítmicas. A educação é extremamente dogmática, mas a natureza segue seu curso, e a ciência deve ser ensinada como ela nasceu, natural e cronologicamente.
Ainda existem muitos caminhos a percorrer, pois dentro da era do processamento eletrônico de dados e da Ciência em geral o homem começou apenas a dar seus primeiros passos em sua longa trilha em busca do saber.
Nessa mesma trilha nos embrenhamos, e sendo guiados pela vida e obra desses homens que tanto contribuíram para a ciência computacional, oferecemos aqui apenas um esboço do belíssimo quadro que foi a evolução da computação.
Uma evolução, através dos tempos, que foi pintada com as cores matemáticas e que se traduz em lutas, coragem, amor, poesia e desafio, frente aos meios que conduzem a Era da Informação.
Hoje, mais que nunca, aproxima-se a hora em que não mais se ensinar matemática, história ou linguagens de computador, mas sim uma só matéria de assuntos unificados.
Estaremos daqui em diante montados nas asas da história e da matemática computacional, voando pelo passando, na ânsia de entender o presente, mas em direção a um futuro, cada vez mais claro e preciso. Caminhemos...