Dizem que as paredes têm ouvidos!... Oh... Que gáudio imenso me tomaria se porventura descobrisse que as paredes também sabem ler!...
Burlesco, dançante de presuntivo ridículo, emaranhado de palavreado abafante, pavão chapinado em cocó de vaca aos montes, em que manicómio terrestre haveria hipótese de solicitar tratamento a semelhante tipo de verbosidade por escrito?!...
Ao nível dos dicionários biológicos, aguardem aí um pouquinho, vou ver como é que se escreve "mosca" à moda de cientista especializado...
Ah... "mosca"... É um diptero que o António Aleixo tratou muitíssimo bem:
Uma mosca sem valor
Pousa com a mesma alegria
Na careca de um doutor
Como em qualquer porcaria!
É um sinal, um sinal incontornavelmente evidente. Nem preciso apalpar é. Por mais que se acoberte, a natureza expele-o sem equívoco a nossos olhos. Sinal enorme... Ele é aquilo, aqueloutro, infinitamente a besta a propagar-se através dos sinais... Dos sinais?!... "Sinais dos tempos"... Anuncia o apresentador TV com um bem estudado sorriso...
Arre... Que sinais assim sejam só treta e nunca produzam efeito... Chiça!...
Torre da Guia
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