Estou de volta à sagrada terrinha, ao châo querido que me viu nascer, á terra do sol, à cidade que se embala ao sabor da suave brisa do Atlântico Sul.
Depois de ouvir tanto idioma estrangeiro, é gostoso desfrutar do dialeto arataca, arrastado, preguiçoso, apetitoso de ouvir.
estou com olhos e ouvidos atentos às coisas da terra e do país para poder escrevinhar os meus garatujos, tecer os meus comentários, dizer as minhas bobagens que, apesar da clicherria atrai a atenção de alguns leitores.
Logo, logo, entretanto, retornarei às plagas estrangeiras para mais um período de exílio voluntário, colchete temporal que me permitirá realizar alguns afazeres pessoais, colocar em dia assuntos que ficaram pendentes.
Por enquanto, quero ouvir as músicas da terra, quero experimentar o feitiço telúrico deste meu nordeste sofrido, pobre, desprezado e vítima da galhofa do Brasil rico, mas, por outro lado, tão rico de experiências supreendentes, tão dotado de inteligências notáveis...enquanto digito, uma voz femenina entoa trechos do "Dia Branco" de Geraldo Azevedo...
..."pedaço de qualquer lugar..."
E eu estarei aqui, também, agarrado aos fiapos de algum lugar, derramando as minhas emoções nos escritos que a inspiração provocar em mim.