As bruxas e os bruxos têm milénios de fado. Vampirescos predadores dos espíritos incautos, são sem dúvida alguma o género de indivíduos a quem a verdade e a mentira, por explícita mão do acaso, lhes serve de magnífico vice-versa.

A designação ainda persiste, embora carregada de desconfiança, o que deu motivo a que o termo fosse evoluindo. Ei-lo actual: psicólogo!...

Atentem por obséquio no assunto que verto e relaciono com o enunciado.

Esta manhã, no jornal diário "Público", considerado o mais intelectual dos jornais portugueses, mas não é, deparou-se-me na última página a seguinte notícia:

Uso compulsivo da Internet é uma doença das sociedades modernas

E lá estão os estafados gajos a arranjar trabalhinho, semeando o campo da dúvida para em próximo futuro começarem a sugar os frutos. A sugar?!... É o termo exacto que se deve aplicar para distinguir o objectivo que esta cambada intenta desde já garantir.

Leiam, absorvam, matutem e traduzam.

"O uso compulsivo da Internet é uma doença das sociedades modernas que pode requerer tratamento psiquiátrico e psicológico".

Pimba... Traz-catrapaz-paz-paz!... Lá vêm os ratos armados em gatos implantar no miolo colectivo a necessidade de sessões de cura...

O uso compulsivo... Oh... Excelente... Inteligente... Azado... Oportuno... Uma vez que o fenómeno internético está deveras a ficar gordinho e representa sem dúvida um maná celeste para as sanguessugas espirituais...

Bem... Perdoem a ilacção: O uso compulsivo do pirilau ou da pombinha pode ocasionar doenças do Diabo por causa dos prazeres de Deus...

Miau... Miau... Au... Au... Senhor doutor, estou doente... Não por causa factual da Internet, mas... Senhor doutor... Por causa do de... Percebe?!... Sou um "Internet-dependente"!...