Minha inspiração,
Razão de teus versos,
Deixou inebriada toda minha vida...
Tua insônia me fez dormir,
Para que aflorasse meu sonho,
Doce cantiga de irrequieta menina...
Ao balbuciares meu nome,
Abriu-se-te, no íntimo,
Um céu todo estrelado...
Vagou tua alma nebulante
Difusa, em mim, num abraço
Saudoso das horas não vividas...
E num doce instante me viste,
Viste-me no azul do céu,
Fulgente... Fugaz... Reinante...
Correste sedento a buscar
A fonte do amor
Que mataria tua sede...
Correste, ainda mais,
Para colher a estrela
Que brilhava ali...
Quiseste ser comigo,
Astro em conjunção
Mas, em uníssono, ouvia-se: "NÃO!"
Poema inspirado por um colega de profissão, "poeta-amigo" de horas felizes, durante os dez anos em que, juntos, desenvolvemos nosso ideal de educadores, junto a adolescentes que beberam de nosso carinho algum aprendizado sobre a língua portuguesa.