"A GUERRA ACABOU"
KaKá Ueno...13 07 03.
TNTARTE@AOL.COM
Acabou a paz,
o amor e a guerra...
A ejaculação e a vida precoce.
Nos sonhos emano...
A perda e o fracasso dos pais...
O iluminado destino dos seres...
Desde a hora do parto,
até o findo,
de uma jornada.
Quando às pernas não tiverem para onde ir,
aos mortos:
reverencio...
Pela paz adquirida...
Por sua vida cumprida...
E por seu descanso merecido.
E ao velho Chico:
de olhar tão meigo e sonhador,
que jamais magoou alguém,
ou quem quer que seja...
E que, com sua perpetua paciência,
suportou os malefícios,
daqueles que não o compreenderam...
Quando os loucos insistente,
baterem a sua porta...
Por favor não abram...
Pode ser que nunca mais terão paz.
Seja por piedade,
por consideração...
Por educação,
ou por uma singela gentileza...
Por favor não abram a porta.
Quando a bondade confundir-se,
com a maldade,
será hora de partir...
De dizer adeus!
Ainda que tamanha seja a dor,
não olhemos para trás...
E no retorno,
O vento trazendo a poeira,
apagaram às pegadas...
O tempo perguntou...
Voltaste porque?
Sem palavras,
não soube responder...
E o frágil homem,
tão sucumbido,
retorna ao passado...
Revivendo o inesperado,
Os réus jogados ao vento,
esquecidos em calabouços...
Perguntas sem respostas...
Na clausura, milhões de suposições...
Seria preciso renascer,
viver e morrer, para compreender...
porque todas às mazelas recaíram sobre aquele ser?
E os vis seres, tão respeitados,
não fizeram nada.
A culatra saiu pela porta da sala.
A última piedade:
Saudade do que não conheci...
Quem dera ter podido dizer,
e quando face a face,
olho no olho,
nem pudemos nos enxergar...
Será possível nos encontrar-mos,?
Diga-me agora!
Quem foste, quem és...
E o que somos?
Hoje não somo nada,
o teu fim chegou...
E eu,
parei de sonhar.
Galgando aqui e ali, esperando por uma resposta...
A cada lugar encontrado,
um muro,
uma escora...
Todas de madeiras corroída,
com suas missões cumpridas...
Só às adaptações,
e alguns breves afagos...
Feito vira-lata,
e um sorriso de vez em quando...
Nada comprometedor...
Isso é a vida nas grandes cidades.
E por Deus:
há tanto que perguntar...
Há tanto que saber...
E se isso for o fim,
para quem irei recorrer?
Não seja teimoso,
não é hora de morrer.
Vivemos feito os objetos...
que com o tempo se amassam e se quebram,
Se fossemos pessoas, havíamos de nos ferir.
Teu egoísmo, levaste contigo...
Deixando-me, na esperança de um dia poder te ver...
A vida murmura, segredos,
num relance, me mostrando às cenas,
de um adeus tão breve,
e de uma partida severa!
Ao deixa-lo para trás,
fora uma decisão difícil...
Com o filho nos braços,
e um velho doente ficando no passado.
O destino me chamava...
Quão escolha seria impossível,
os dois pesam a mesma medida.
Quem toma tal decisão,
jamais terá paz.
Cumpriu-se uma fase,
despede-se de outra...
E nenhuma delas por igual.
Fatiou-se uma fadiga...
No convívio, e nas noites,
basta o silêncio, e a cena virá...
Retornam os segredos,
o filme da vida,
da bela partida que não foi linda.
Adeus velho.
Sequê pude olhar,
ficaram às duvidas,
de algo que querias, e que não tinha...
Se ao menos tivéssemos coragem de esquecer tudo que não era mais de
ninguém,
e oferecemos aos outros...
Quem poderia imaginar,
que seria assim?
Porém,
os seres são feito folhas secas,
que se misturam e tornam-se adubos,
fertilizando para o futuro.
Quando os galhos se quebram...
E às famílias se separam,
quando os plasmas se unem,
Laços são desfeitos...
E no lugar, cria-se nó.
E em vez de veredas,
abrem-se às clareiras...
No fim do rochedo,
o abismo.
Ainda que não seja o fim...
Será o começo dos atropelos...
Saiba que esta foi a fuga perfeita,
para que nunca mais tivéssemos aquela conversa final.
Ainda sim, sou a semente que deixaste ao leu...
ao largar,
nem viste no que se tornou...
Sequê esperaste para colher o fruto que brotou.