Tenho neste site uma seleção de alguns autores que muito me agradam. Não só pelo que escrevem, mas pelo carinho que demonstram por mim.
Quanto aos "rabiscos desaforados", vão cumprir o seu destino sem passar por meus belos olhos. Às vezes, adoro gastar o meu precioso tempo com certas banalidades, sim. Mas coisas por mim escolhidas.
Sabe, Anjo Crítico, não me sobra o tempo que eu gostaria para ler os amigos, quanto mais gastá-lo com leituras de latrinas fedorentas; basta o título passar-me pelos olhos - e isso é inevitável, por óbvias razões, para adivinhar a retórica que estará enfeitando o contexto: sempre a mesmíssima... Já perdeu totalmente a graça!
Fora isso, e algumas outras tantas razões, sou um pouco preguiçosa também. Minha inspiração hiberna, às vezes. Acontece com qualquer que escreve.
O estado emocional muito contribui para tal. Na semana passada, tive uma tristeza dupla: a morte de duas pessoas muito queridas; uma na segunda e outra na sexta-feira. Como pode avaliar, meu cenário não foi nada além de sepulturas e gente chorosa e triste pelos bem-amados que partiram. Esses acontecimentos mexem comigo e me deixam impressionada, por algum tempo...
E, como se isso não bastasse, quando estava no Campo Santo, no último enterro, verifiquei o túmulo de meus pais e vi que andaram "levando" as inscrições com as fotografias deles. Fiquei imaginando o que faz alguém entrar num cemitério e roubar apetrechos de sepulturas que nenhum lucro darão.
Pura maldade, creio...
Por essa razão, sou a favor dos crematórios e de se jogar as cinzas dos falecidos onde eles previamente escolherem.
Eu já escolhi: serei jogada do alto da Serra do Mendanha, próximo à Cachoeira... Estarei perto de minha gente, em cinzas, claro. Pois o meu espírito, certamente irá ter a um céu muito AZUL!
Abraços!
Milene
PS. Viu como o assunto parte para onde nunca imaginamos? Mas, a morte também faz parte da vida...