Que franca hospitalidade, Maria, têm aqui em hábito instituído os nossos "irmãozinhos-irmãzinhas", alguns, só alguns, felizmente, porque de facto eles não são todos assim. Ainda por cima presumidos intelectuais, altíssimos mentores da palavra portuguesa.
Entristece, Maria... Parece que chove cinza sobre nosso raciocinio. Em 21 de Dezembro de 2001, também desde logo tentaram intimidar-me e só porque me entusiasmei a escrever e a inserir continuadamente textos.
Ainda bem que imprevistamente chegaste. Ainda bem que vens com vontade de escrever. Ainda bem, Maria, porque é muito bom lobrigar uma luzinha no meio de tão negra escuridão. E alardeiam-se estas ferazinhas mexeriqueiras em pessoas de virtuoso enlevo... Arre... Maria... Arre!
Vivem preocupadíssimos com as leituras. Esta cambada quer ser lida sem nada ter para anunciar. A estulta "mesma coisa" confrange. Nem um pinguinho de sincera ternura se lhes detecta.
Ah... Maria... E tratam-se por mestres e poetas uns aos outros... Que descaro...
Desliza a mágoa
Vinda de não sei onde...
A inveja e o cio
Condessa e conde
Que amargo festim
Sinto ao redor de mim...
A vida é assim! É?!...
Maria... Vamos de fé
Além desta borrasca
E de alma sobreviver
A escrever... A escrever!
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