Olha amor, você matou!
O amor que nem nasceu...
Até o mar se revoltou.
Com a sua insensatez
A sua estupidez sintética,
Sua falta de lucidez.
O seu concreto pensamento,
Seus lamentos insípidos...
Ah! Minha rosa sanguinária!
Minha missionária, minha sensação.
De tantas dúvidas derramadas
Entre a fome e o ouro,
Teu peso, teu tesouro...
Você preferiu o tédio.
Olha aqui amor...
As cores empalidecendo
À noite findando e o dia amanhecendo,
O tempo líquido evaporando
E você tão linda e indecisa, nem nota!
Sabe amor! Não acredito nas suas lágrimas,
Nem nas suas mágoas...
Você revoltou o mar,
Deixou de amar, sonegou amor.
Você matou o que nem nasceu.
Não chore por nada, não o lamente o abismo,
Você é apenas o pó do seu egoísmo,
Você é volátil, não sabe o que é amar,
Nem conhece o amor, não peça minha vida...
Por favor.