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Cartas-->MÁ NOTÍCIA: RENDA DO BRASILEIRO CONTINUA AINDA DECLÍNIO -- 26/08/2003 - 09:09 (JOÃO DE FREITAS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

"Brasil Parado - Massa salarial recua R$ 2,2 bi em julho

Os salários dos trabalhadores nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil deixaram de injetar R$ 2,2 bilhões na economia em julho se comparada com igual mês de 2002. Em julho do ano passado, 17,58 milhões de ocupados nos locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (BGE), que recebiam em média R$ 996,92, somavam uma renda bruta de R$ 17,52 bilhões. Em igual mês deste ano, o número de ocupados subiu para 18,33 milhões de pessoas, mas a renda caiu para R$ 833,5, reduzindo a renda bruta para R$ 15,28 milhões.

Os dados foram calculados a partir dos resultados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE de julho. Queda similar de um ano para o outro já havia sido registrada em junho. Dados do Ministério da Fazenda apontam que a massa salarial real caiu de R$ 17,79 bilhões em junho de 2002 para R$ 15,44 bilhões em igual mês deste ano, com redução de R$ 2,34 bilhões. Carlos Thadeu de Freitas, chefe do departamento econômico da Confederação Nacional do Comércio (CNC), disse que a queda brutal do rendimento, com a retirada de bilhões da economia, tem sido o principal fator para as consecutivas reduções nas vendas do varejo.

No primeiro semestre deste ano, as vendas do comércio caíram 5,57% ante igual período do ano passado, segundo o IBGE. O economista ressaltou que, para o setor, a renda é um fator mais importante para o desempenho das vendas do que as taxas de juros. “Essa queda na renda, do ponto de vista do comércio, é mais importante que os juros, que afetam mais as vendas de bens duráveis. O rendimento afeta todos os segmentos, inclusive os essenciais”, disse. O analista de mercado de trabalho da Tendências Consultoria, José Márcio Camargo, disse que a redução na renda dos ocupados tem sido provocada especialmente pela inflação e a retração da demanda, que inibe os investimentos e prejudica o emprego e a folha de pagamento das empresas." (Estado de Minas, 26/08/03).

O jornal noticia também mais aumento dos "cheques sem fundo".

A coisa está preta!

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