Procuro minha mulher. Não há recompensa! E dela se mantenha distante! Ela é assim: belíssima, delicada, refinada. Olhar calmo, tranqüilo, seguro. Gestos serenos, quase calculados. Passos solenetemente ritmados.

Alta, magra, loira. Rosto oval. Lábios finos ligeiramente rasgados por dentes alvos, quando sorri de modo contido. Nariz pequeno, empinhadinho e com nazais milimetricamente iguais. Olhos verdes, da cor da mata. Sobrancelhas perfeitas. Nem falta e nem sobra fiozinho de cabelo.

Cabelos loiros como a aura purificadíssima da beleza! Juro! Orelhinhas pequenas, enfeitando belíssimos brincos! Seios médios, apontando para o horizonte... Cintura fina de boneca à semelhaça dela! Bumbum empinado, duro como o pau da minha barraca. Coxas roliças, sedosas mais que seda.

Mãos de anjo. Dedos finos e longos. Pés pequenos. Nome? Ser inominável! Caso não seja encontrada, nunca terei mulher mais linda. Nem mais feia...