Meu caro amigo Jeff, você anda sumido, nunca mais veio até aqui papear, mostrar a sua verve, as suas tiradas que dão um colorido todo especial aos sucessos do dia-a-dia, fazendo a gente rir embora as coisas não estejam assim tão certinhas como nós desejamos, isto não, pois elas andam degringoladas, tontas e perigosas como trem descarrilado.
Eu bem que entendo a sua resistência, o seu comportamento arredio, a sua ogeriza ao ambiente, mas, paciência, depois daquela sua ira santa, quando a sua peanha ficou mais alta no meu conceito, bem que eu gostaria de tê-lo mais tempo ao derredor de mim, relembrar os tempos da nossa viagem, jogar miolo de pote pro ar, ouvir a conversa daquele motorista capixaba(não sei bem se ele se chamava Marcos) que tanto nos fez corar de vergonha porque não éramos ( e ainda não somos) telespectadores cativos do Programa do Ratinho.
O nosso West ficou descolorido face a sua ausência.
As sessões de bang-bang perderam a emoção das suas intervenções tão prenhes de agilidade mental.
Meu consolo agora, de quando em quando, é ver o seu trabalho relatado nalguns escritos suscintos, concisos e sempre inteligentes. Mas, não é a mesma coisa. Para c aptar-lhes a essência, naturalmente, mister se faz esteja a sua presença assegurada, com as manifestações de som(voz) e gestuais ( mis-en-scene), capazes de dar vida real ao que amigo tão bem sabe fazer.
Bem, para finalizar, devo dizer-lhe que os tempos de brilhantina correm rápidos, alíás, como diria o filósofo, os tempos estão lá parados, nós é que estamos correndo e passando velozmente pelo palco da vida.
Chamo a sua atenção, também, para a rodinha gigante do velho parquinho de diversões: já reparou, as nossas cadeirinhas começaram a subir?
É uma ascensão muito lenta, mas é ascensão mesmo assim.
Au revoir.