No alto do muro, em cor flamejante
Altaneiro, distribuía a sombra
Sem ser notado no seu frescor matinal...
Ninguém o percebia, fazia parte da paisagem.
E eu, embalada na água morna da piscina,
Contemplava, distraída, os teus cachos
Ébria de tanta
Cor
Fulgor
E luz...
Tuas flores entremeadas de pássaros,
A deliciar o néctar dos pistilos,
Compunham com o AZUL
Um quadro celestial!
Ali fiquei, inebriada, a absorver
A beleza insólita de teu florescer...
E na projeção a um passado-presente,
Fiz-me
Triste...
Ausente...
Neste amanhecer...